A recente agressão a uma aluna, queimada com cigarros por colegas de uma escola em Alcobaça, vem reacender os “casos isolados”. Lembro que a vítima e as agressoras têm entre 13 e 14 anos. Sempre que um aluno é vítima de bullying com violência física e verbal, o director do estabelecimento de ensino afirma candidamente que é um caso isolado. O argumento pegou moda, o caso isolado é escusa de responsabilidade. Se não fosse a existência de telemóveis em contexto escolar, muitas dessas agressões passariam impunes. Os partidos políticos também pouco estão interessados em debater o bullying escolar. Os telemóveis não podem ser proibidos nas escolas.
Por: Ademar Costa, cronista e poeta