Voz da Póvoa
 
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Com Papas e Bolos se Enganam os Tolos

Com Papas e Bolos se Enganam os Tolos

Opinião | 14 Junho 2023

 

A economia russa foi de tal forma devastada e arrasada pelas sanções impostas pelos Estados Unidos e os seus servidores Europeus que, acreditando nas previsões do FMI (Fundo Monetário Internacional), vai crescer mais do que a economia da Alemanha e Reino Unido.

A Rússia deverá crescer 0,3% em 2023 e 2,1% em 2024, enquanto as previsões de crescimento do PIB real da Alemanha deverá cifrar-se em 0,1% em 2023 e 1,4% em 2024. Já no Reino Unido será de -0,6% em 2023 e 0,9% em 2024.

E se recordar é viver, a atrapalhada subida das taxas de juro dos Bancos Centrais, que pretendiam combater a inflação e a guerra da Rússia contra a Ucrânia continuam a amargurar a actividade económica, deste e dos outros.

Segundo creem os especialistas, as cábulas consultadas pelos estudiosos destinadas a sufocar o esforço financeiro da guerra da Rússia contra a Ucrânia, continha em letrinhas muito pequeninhas, tal como nos contratos bancários que ninguém lê, o aumento extraordinário do custo de vida dos europeus, uma inflação galopante e imparável destinada a financiar o contra-ataque dos grandes grupos económicos que amealham como nunca, e da indústria bélica dos amigos americanos que explode em acções na bolsa de valores e no campo de batalha Ucraniano.
    
Para que possa usar a cabeça sem estilhaçar a memória, saiba que em 2022, as despesas militares dos EUA atingiram cerca de 877 mil milhões de dólares, mantendo o recorde mundial de investimento em tarefas de Liev Tolstói (Guerra e Paz) o que representa 39% do total das despesas militares no mesmo ano, a nível mundial.

Só mais alguns números para treinar a tabuada, sempre na casa dos mil milhões de dólares. Seguem-se os 10 países que mais gastaram em armamento em 2022, depois dos Estados Unidos: China 292 mil milhões de dólares; Rússia 86.4 mil milhões; Índia 81,4 mil milhões; Reino Unido 68,5 mil milhões; Alemanha 55,8 mil milhões; França 53,6 mil milhões; Japão 46 mil milhões; Itália 33,5 mil milhões; Brasil 20,2 mil milhões, e o Irão 6,8 mil milhões. A soma destes valores ascende aos 744,2 mil milhões de dólares. Ou seja, menos 130 mil milhões de dólares que os EUA. 

Termino com apenas mais uma reflexão numérica, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, as exportações de armas dos Estados Unidos representaram 40% do total global entre 2018 e 2022.

Talvez, quem sabe, estes números possam justificar a razão pela qual nunca tenha sido proposto um cessar-fogo que permitisse abrir as portas a uma negociação que fizesse regressar definitivamente a paz à Ucrânia.  

Pablo Rios Antão

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