Quando escrevi o "Ébrio 29"(publicado no “Á Mesa do Homem Só”), bêbado, em Braga, na casa da Rua Nova de Santa Cruz, mal sabia que estava a inaugurar novos caminhos na minha poesia. Agora retomo o filão. Apesar de estar ferido, gozo com tudo e com todos, capitalismo inclusive, capitalismo sobretudo. Reino, mesmo que me desprezem. Reino porque caminho para o Super-Homem. Reino porque estou na estrada de Nietzsche, Jim Morrison e William Blake. E não há tempo. Não há horas. Bebo com Zeus e Dioniso. Danço com as bacantes. Ébrio. Ébrio 29. Ébrio 2022. E, como diz o meu amigo Zé Né, antes dar dinheiro a estes que são amigos. Afinal de contas, é tudo uma questão de puxar pela cabeça e deixar a coisa rebentar. Assim se cria. Assim se percorre o caminho do solitário, o caminho que conduz a ti mesmo. E o jogo deles é mesmo tão ridículo. E estes deixam-se levar. E o povo lixa o povo. Camaradas, atiremos a bola fora!
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, cronista, poeta e dizedor de palavras…
