Voz da Póvoa
 
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AMAR A TODOS, SEM DISTINÇÃO

AMAR A TODOS, SEM DISTINÇÃO

Opinião | 31 Dezembro 2020

Nada mudou. Continuamos sentados e encantados a olhar as mulheres no café. No entanto, este mundo não deixa de ser um imenso negócio que se está marimbando para todos nós. O dinheiro é um verdadeiro Espírito Santo, mais precioso do que o sangue. Como Céline, receio sentir-me vazio, não ter qualquer razão para existir. Já me senti bem próximo de nem sequer existir. Quando me deixam de falar das coisas próximas afundo-me no tédio, na catástrofe da alma. Por vezes, as distracções, e só elas, conseguem impedir-nos de morrer. Passo por isso nas minhas grandes depressões. Agora, felizmente, estou vivo e confiante. Pronto para o combate. Ainda que os controleiros e os vendilhões nos digam que não estamos cá para pensar, mas para executar os movimentos ordenados, ainda que rejeitem as imaginações férteis e nos queiram converter em chimpanzés, ainda que digam que há quem pense por nós, não aceitemos.

A verdadeira juventude, a única, é amar a todos, sem distinção. Só isso é verdadeiro, só isso é jovem e novo.

António Pedro Ribeiro - Sociólogo, poeta, cronista e muito mais

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