Estas pessoas comuns vão levando a vida, a vidinha. Às vezes até as invejo. Não questionam. Não põem em causa. Não colocam as grandes questões. Aceitam a realidade servil, o trabalho escravo, o dinheiro escravo. Parecem felizes. Não forçam a mente, a criação, o pensamento. Obedecem ao patrão e ao papão. Não lêem livros. Olha, antes só mas revoltado. Que vidinha imbecil levam.
António Pedro Ribeiro, sociólogo, cronista, poeta e dizedor de metáforas