Segundo Nietzsche, toda a moral é uma espécie de tirania contra a "natureza" e contra a "razão". A moral é essencialmente uma imposição.
O homem de hoje é um animal de rebanho, dócil, doentio e medíocre, obediente, sem vontade própria, à mercê da máquina e dos poderes. No fundo, é um escravo, sem horizontes, que teme a liberdade. Poucos fazem frente ao Poder, a grande maioria limita-se a pastar. É o "Tu deves" do camelo, do homem domesticado, da moral burguesa. Tudo o que eleva o indivíduo acima do rebanho é considerado mau.
Para Nietzsche, o conhecimento dos filósofos é criação, a sua criação é legislação e a sua vontade de verdade é vontade de potência. O maior será aquele que conseguir ser o mais solitário, o mais afastado da multidão e dos seus deveres, de Deus e do Diabo, o homem para além de bem e mal, transbordante de vontade. A isto se chama grandeza.
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, Poeta, Cronista e muito mais…