Voz da Póvoa
 
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A ESCRAVIDÃO E A GRANDEZA

A ESCRAVIDÃO E A GRANDEZA

Opinião | 18 Outubro 2021

Segundo Nietzsche, toda a moral é uma espécie de tirania contra a "natureza" e contra a "razão". A moral é essencialmente uma imposição.

O homem de hoje é um animal de rebanho, dócil, doentio e medíocre, obediente, sem vontade própria, à mercê da máquina e dos poderes. No fundo, é um escravo, sem horizontes, que teme a liberdade. Poucos fazem frente ao Poder, a grande maioria limita-se a pastar. É o "Tu deves" do camelo, do homem domesticado, da moral burguesa. Tudo o que eleva o indivíduo acima do rebanho é considerado mau.

Para Nietzsche, o conhecimento dos filósofos é criação, a sua criação é legislação e a sua vontade de verdade é vontade de potência. O maior será aquele que conseguir ser o mais solitário, o mais afastado da multidão e dos seus deveres, de Deus e do Diabo, o homem para além de bem e mal, transbordante de vontade. A isto se chama grandeza.

António Pedro Ribeiro, Sociólogo, Poeta, Cronista e muito mais…

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