"(Os indivíduos) eram apanhados pela engrenagem logo à nascença e continuavam a ser arrastados por ela até à morte - e tentavam dignificar essa rotina estúpida e escravizante chamando-lhe "vida". "(Henry Miller, "Sexus")
O trabalho ou, pelo menos, o trabalho forçado, é o oposto absoluto da criação, que é divertimento, e, porque não tem outra razão de ser além mesma, é também a suprema força motivadora da vida.
"Temos que comer, não temos?", dizem. Os Homens que estão mais "na" vida, que moldam a vida, que são a própria vida, comem pouco, dormem pouco, possuem pouco. Estão-se a lixar para a vidinha, para o dever, para a preservação do Estado. Estão apenas interessados na criação e na verdade. São absolutamente livres. E dão-se.
António Pedro Ribeiro, Sociólogo e poeta, o resto são capítulos do desassossego
