No mundo contemporâneo a arte e a cultura estão reduzidas a um papel subalterno. O poder teme o espírito crítico, especialmente nas suas manifestações mais radicais. É claro que não teme os artistas vendidos, até os favorece.
O modo de produção capitalista consiste em seduzir o homem pelo suborno e prostituí-lo. Consiste em fazer-lhe a cabeça. E quando és revolucionário, quando expressas as tuas posições ou a tua arte publicamente não é somente o poder que te rejeita, mas também uma grande parte dos teus iguais. Eles só querem que fiquem os projectos utilitários. Vivemos entre "gorilas espirituais, maníacos do comer e do beber, escravos do êxito, cães de caça da publicidade", como afirma Henry Miller.
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, poeta, crinista, dizedor de palavras e!...