A Maria do Amor é mesmo um amor. E tem garra, a mulher. Há personagens fascinantes aqui em Braga, no coração do Minho. Não fosse esta a minha cidade. A cidade onde renasci, onde ressuscitei. A cidade romana. Bracara Augusta. Augusto, como o meu avô. Ai, a minha vida! Vida que corre, umas vezes mais depressa, outras mais devagar. As pessoas passam. Os carros passam. Os jovens gritam e chamam não sei quem. A bomba em frente. Bom, na verdade, as bombas caem. A guerra acontece. O caos. Os Impérios em choque. O povo a sofrer, a fugir e a morrer. Mas nós bem dizíamos. Se não fosse isto, eram as alterações climáticas. E ainda podem ser. A ganância. O dinheiro louco. O Poder. A luta pela vida. A selva. A competição. O controle descontrola-se. A loucura. A lucidez do poeta e do profeta. A imbecilidade dos políticos, dos banqueiros e dos "senhores". Um mundo de cegos governado por imbecis. A coisa já rebentou.
António Pedro Ribeiro, Sociólogo, poeta, cronista e muito mais...
