Carlos da Câmara Pestana, que foi presidente do maior banco de Portugal, o Banco Português do Atlântico, da Associação dos Bancos Portugueses e do Banco brasileiro o Itaú, também comandou conselho do banco e da Itaúsa, faleceu no dia 21 de Junho, aos 93, em sua casa, no Estoril.
A missa do sétimo dia realiza-se na sexta-feira, 27 de Junho, às 19H00, no Oratório de São Josemaria, Rua Vera Lagoa, 5 - Lisboa 1600-028
“O Senhor Doutor Carlos da Câmara Pestana foi o maior banqueiro em Portugal e no Brasil. O Banco ITAÚ, de que foi Presidente, é o maior banco da América do Sul”, lembrou o seu amigo Afonso de Barros Queiroz.
A notícia tem a gentileza do jornal Folha de São Paulo
Carlos da Câmara Pestana, que foi presidente do Itaú Unibanco de 1990 a 1994, faleceu no último sábado, 21 de Junho, aos 93 anos. A sua morte foi comunicada pelo actual CEO do banco, Milton Maluhy.
"Dr. Câmara Pestana foi mais do que um executivo brilhante: foi um verdadeiro mentor de gerações, um arquitecto de valores e um exemplo de liderança ética, estratégica e humana", escreveu o executivo na sua rede social.
Câmara Pestana era português de Paço D'Arcos e formado em direito pela Universidade Clássica de Lisboa, com pós-graduação em ciências político-económicas, informam os arquivos da Itaúsa.
Em 1957, aos 25 anos, foi indicado para o Ministério do Ultramar de Portugal, participando das discussões do Mercado Comum Europeu. Em seguida, virou presidente do maior banco de Portugal, o Banco Português do Atlântico, e da Associação dos Bancos Portugueses.
Em 1974, com a Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura salazarista e nacionalizou o sistema financeiro, Câmara Pestana veio para o Brasil.
Inicialmente, o executivo procurou emprego no Unibanco, sem sucesso. Em seguida, contactou o director regional do Itaú no Rio de Janeiro, que agendou uma reunião com o então presidente do banco, José Carlos Moraes Abreu.
Em 1975, foi contratado como chefe da área comercial, cuidando de 20 agências. Em 1980, participou da reestruturação administrativa do banco que criou a directoria executiva e da oficialização dos princípios do Grupo Itaú, ao lado de Olavo Setúbal, Moraes Abreu e Jairo Cupertino.
Em 1989, foi convidado por Olavo para assumir a presidência do banco, e aceitou com a condição que seria apenas para preparar Roberto Setúbal para o cargo. Pouco antes da posse, em Março de 1990, ele e Roberto tiveram de lidar com o Plano Collor.
Em 1994, transferiu a presidência do banco para Roberto Setúbal e tornou-se membro do conselho de administração do Itaú. Em 2008, com a morte do Olavo, assumiu a presidência do conselho até 2009, logo após a fusão, continuando depois como membro. De 2011 a 2015, foi presidente do conselho da Itaúsa.
Câmara Pestana voltou para Portugal, vindo ao Brasil periodicamente. Faleceu em casa, no Estoril.
"Dr. Câmara Pestana deixa um legado que transcende resultados: ele moldou a cultura, inspirou pessoas e ajudou a construir uma instituição sólida, ética e preparada para o longo prazo. Sua memória viverá em cada valor que cultivamos aqui no banco e em cada decisão que tomamos com responsabilidade e visão de futuro", completou Maluhy.
A missa do sétimo dia realiza-se na sexta-feira, 27 de Junho, às 19H00, no Oratório de São Josemaria, Rua Vera Lagoa, 5 - Lisboa 1600-028
Tel: 21 722 1047
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