FAIXA DE GAZA: Israel deve revogar imediatamente a ordem de deslocação em massa emitida pelos militares aos residentes da cidade de Gaza a 9 de setembro, enquanto vai intensificando os ataques à cidade e agravando o sofrimento dos civis, no âmbito de um genocídio crescente, afirmou a Amnistia Internacional. A ordem emitida pelas forças armadas israelitas é cruel, ilegal e agrava ainda mais as condições genocidas de vida que Israel está a infligir aos palestinianos da Faixa de Gaza.
VENEZUELA: O ataque mortal reportado pelas autoridades americanas contra um barco que teria partido da Venezuela, a confirmar-se, “constituiria uma clara violação do direito à vida, ao abrigo do Direito Internacional, e criaria um precedente perigoso. O uso de força letal neste contexto não tem qualquer justificação”, afirmou Daphne Eviatar, da Amnistia Internacional EUA. Há sérias questões sobre legalidade, responsabilização e o respeito pelo Direito Internacional dos direitos humanos.
IRÃO: As autoridades iranianas estão a levar a cabo uma onda de repressão avassaladora, sob o pretexto de garantir a segurança nacional, na sequência do conflito com Israel que tiveram lugar em junho passado, denunciaram a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch. O agravamento da crise sublinha a necessidade urgente de a comunidade internacional adotar medidas concretas de responsabilização criminal. Desde 13 de junho, as autoridades do Irão prenderam mais de 20.000 pessoas.
AFEGANISTÃO: A Amnistia Internacional expressou as suas mais profundas condolências aos que perderam familiares e amigos no devastador terramoto que ocorreu a 2 de setembro, num momento em que o Afeganistão enfrenta uma série de crises. Mais de 22 milhões de pessoas, quase metade da população do país, precisam de assistência humanitária. Muitos países doadores, como os EUA, cortaram ou reduziram a ajuda e a assistência ao povo afegão. Os Talibãs também são responsáveis por esta redução.
SÍRIA: A Amnistia Internacional juntou novas provas documentais que revelam que forças governamentais e outras leais ao governo foram responsáveis pelas execuções extrajudiciais de pessoas drusas a 15 e 16 de julho, em Sueida. Quando forças de segurança ou militares, deliberadamente e à margem da lei, matam alguém, ou quando forças afiliadas o fazem, com a cumplicidade ou a concordância do governo, isso constitui uma execução extrajudicial, que é um crime ao abrigo da lei internacional.
Amnistia Internacional Portugal
12 de setembro de 2025
Foto, assinatura: Mohammed Ibrahim