Voz da Póvoa
 
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Chuva intensa, vento e agitação marítima forte

Chuva intensa, vento e agitação marítima forte

Nacional | 11 Dezembro 2022

 

 AUTORIDADE NACIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL

1. SITUAÇÃO 

Situação Meteorológica: 
Em complementaridade ao Aviso n.º 21, de 10 de dezembro, e após contactos com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), realizados hoje no Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil (CNEPC) da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), prevê-se a continuação de condições meteorológicas adversas (precipitação intensa, vento e agitação marítima forte) para as próximas horas, salientando-se o seguinte: 

− A partir da madrugada de segunda-feira, 12 de dezembro, prevê-se a ocorrência de precipitação persistente que poderá ser temporariamente forte (com valores até 80 mm/12h entre as 00h-12h) nas regiões Norte e Centro, sendo o período mais crítico entre as 06 horas e as 12 horas, estendendo-se progressivamente para Sul durante a tarde, prevendo-se para os distritos de Setúbal, Évora e Beja valores acumulados até 60 mm no período 12h-24h; 

− Na terça-feira, 13 de dezembro, precipitação persistente e por vezes forte, nos distritos de Setúbal, Évora, Santarém, com acumulados até 70 mm no período 00h-12h, para as restantes regiões os valores acumulados podem chegar a 20 a 40 mm/12h. No período da tarde, a precipitação será mais provável nas regiões do Centro, do Alto Alentejo e Faro (até 20 a 40 mm/12h); 

− Condições favoráveis à ocorrência de trovoada; 

− Vento de sudoeste, a soprar forte (até 45 km/h), com rajadas até 90 km/h no litoral, e nas terras altas até 100 km/h, a partir da madrugada de amanhã nas regiões Norte e Centro; 

− Na terça-feira, vento a manter-se forte e com rajadas até 90 km/h nas terras altas da região Sul; 

− Agitação marítima forte, com ondulação de oeste-sudoeste com ondulação superior a 3 metros, temporariamente entre 4 a 5 metros, na costa ocidental a partir de amanhã. 
Informação Hidrológica Relevante: 

De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), salienta-se para as próximas horas variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis: 

− Bacias dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave (rio Este), Douro (Tâmega e Sousa), Leça e Vouga (Águeda), com eventuais situações de inundação de origem fluvial e urbana; 
− Bacia do rio Tejo – aumento das afluências com possível impacto na terça-feira, 13 de dezembro. 

Nas bacias urbanas e em particular naquelas em que se faça sentir o efeito de maré, não é de excluir a possibilidade de inundações nas zonas historicamente vulneráveis, conjugando o efeito da forte agitação marítima.
 
1. EFEITOS EXPECTÁVEIS 

Em função das condições meteorológicas presentes e previstas é expectável: 
− Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento; 

− Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras; 

− Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo; 

− Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública; 

− Possibilidade de queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente se verifica; 

− Piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água. 

2. MEDIDAS PREVENTIVAS 

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente: 
− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; 

− Não se expor às zonas afetadas pelas cheias; 

− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; 

− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; 

− Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais; 

− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias; 

− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; 

− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima; 

− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

 

Fotos: Direitos Reservados

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