Voz da Póvoa
 
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“Para uma escola mais segura” Hospital da Luz Entrega Desfibrilhadores

“Para uma escola mais segura” Hospital da Luz Entrega Desfibrilhadores

Local | 12 Maio 2022

A importância de salvar vidas justificou a iniciativa do Hospital da Luz Póvoa de Varzim, que “Para uma escola mais segura” com a colaboração da Fundação Portuguesa de Cardiologia, ofereceu a quatro escolas desfibrilhadores e formação em Suporte Básico de Vida (SBV) a alunos e docentes. Na quinta-feira, as entregas iniciaram na Póvoa de Varzim no Colégio de Amorim, seguiu-se a Escola Secundária Eça de Queirós, Escola Secundária Rocha Peixoto, e por último o Colégio do Forte em Vila do Conde. Ou seja, duas escolas públicas e duas privadas. 

Recordamos que o projecto surgiu no âmbito do programa ’20 anos, 20 causas’ do grupo Luz Saúde, proprietário da rede Hospital da Luz. A celebração deveria ter acontecido em 2020, mas com a pandemia a iniciativa foi adiada.

“Todas as unidades do grupo concorreram, mas a nossa unidade na Póvoa de Varzim ganhou. Conseguimos identificar quais eram as quatro escolas da região onde queríamos entregar. Com a formação que demos aos docentes e aos alunos, e com a entrega dos equipamentos, penso que estão agora melhor apetrechadas para poderem numa eventualidade, utilizar o desfibrilhador”, reconheceu Sérgio Viana.

O administrador do Hospital da Luz explica que o Grupo, ao festejar os 20 anos, tentou identificar 20 causas onde pudesse dar apoio à comunidade. Esta foi uma das identificadas como sendo uma necessidade. De acordo com o levantamento que o grupo Luz Saúde fez, “dos cerca de 5 mil estabelecimentos de ensino que existem no país, só 200 estavam apetrechados com desfibrilhador (aparelhos de Desfibrilhação Automática Externa DAE). Achámos que era uma mais-valia para estas instituições apetrechá-las com este equipamento. Não é um investimento elevado, mas ainda é algo substancial, se acrescermos a formação. Nós temos essa competência”.

Quanto à escolha das escolas, Sérgio Viana esclarece que seleccionaram “as mais relevantes em termos de ensino público, a Escola Rocha Peixoto e a Eça de Queirós, dentro do ensino privado, identificámos os dois colégios com maior representatividade nos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde”. 

Em relação à escolha do Hospital da Luz Póvoa de Varzim como vencedor do projecto lançado pelo Grupo Luz Saúde, a directora de Marketing, Mónica Azevedo revela o segredo do projecto apresentado: “A maior parte das unidades do Grupo só fez um projecto com uma única escola. Eu quis ser um bocadinho mais ousada e resolvi propôr quatro escolas da região, duas públicas e duas privadas, sendo que havia uma premissa que, seriam alunos mais velhos, ou seja Secundárias. Há dois anos atrás foi essa a intenção. Penso que a nossa proposta de escolher quatro escolas foi com certeza a principal razão para ser a vencedora por parte do Grupo Luz Saúde”. 

Por sua vez, Maria João Barros, directora executiva na Fundação Portuguesa de Cardiologia, assegurou que “é sempre um momento feliz cada vez que há mais um espaço cardio protegido no país. Não são muitos, nem o número ideal, mas é um passo importante. É bom saber que há mais espaços equipados com um desfibrilhador e onde é possível salvar vidas. Fazemos votos para que não seja absolutamente necessário”.

A entrega dos equipamentos teve também a companhia do Director Clínico, Jorge Pinheiro, que realçou: “A política do Hospital da Luz é de integração na comunidade. Fazemos questão de pôr em pé de igualdade todas as instituições com as quais foi realizado este protocolo e esperamos que a nossa oferta seja sempre inútil e absolutamente desnecessária, desprovida de qualquer uso. Que nunca seja usada e que fique como nova até ultrapassar o seu tempo de vida útil”.

Escolas Reconhecem a Importância do Gesto do Hospital da Luz

Os operacionais de cada escola foram fazer a formação ao Hospital da Luz, permitindo concluir o projecto, instalando os desfibrilhadores (aparelhos de Desfibrilhação Automática Externa DAE) que permitem salvar vidas nas escolas seleccionadas. Em cada estabelecimento de ensino foram entregues os cartões e certificados aos colaboradores, tendo sido feita uma demonstração de como o aparelho deve ser utilizado em caso de emergência.
 
O responsável pelo Colégio de Amorim, Rui Maia aproveitou o momento para agradecer “o gesto nobre do Hospital da Luz com quem estamos habituados a ser parceiros em várias iniciativas ao longo dos anos. De facto, esta é uma das poucas prendas que se recebem e se espera que sejam inúteis, mas pode acontecer, e muitas vezes salva-se uma vida com pouco”. 

Ensaiado e colocado na parede o desfibrilhador, Eduardo Lemos, director da Escola Secundária Eça de Queirós, agradeceu a oferta do equipamento, “esperando que não tenha utilidade nenhuma. É para nós um prazer ter o Hospital da Luz há muitos anos a acompanhar o nosso percurso, estando presente no conselho Geral da Escola. Ficamos gratos pelo vosso engajamento com o serviço público que prestamos”.
 
Por seu lado, Rui Coelho, presidente do Conselho Geral da Escola Rocha Peixoto, enalteceu o Hospital da Luz “por esta manifestação de preocupação com a comunidade. É muito importante que isto aconteça, nos dias que correm, cada vez mais. Um desfibrilhador pode salvar uma ou mais vidas. Temos que nos preocupar não só connosco, mas também com os outros. Só podemos agradecer este gesto”.
 
Por último, Inês Madureira, coordenadora Geral do Ensino Básico do Colégio do Forte, referiu: “Aceitámos participar nesta iniciativa do Hospital da Luz porque achamos que uma escola também deve educar para a saúde, para os riscos cada vez maiores de doenças cardiovasculares, mas também dar uma sensação de protecção a todos os que utilizam o nosso espaço, sejam professores, alunos ou pais. Nesta primeira fase foram formadas seis pessoas para utilizarem correctamente os equipamentos”.

No final, Mónica Azevedo agradeceu às escolas “terem acreditado e abraçado este projecto que é uma mais-valia para toda a comunidade escolar. Com este equipamento fornecido pelo Hospital da Luz, passámos a ter escolas mais seguras e com capacidade para intervir em caso de emergência”. 

No mês do coração uma maior consciência ajuda sempre a ter uma escola mais segura.

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