Na noite mais longa só uma multidão é capaz de resistir e insistir ficar até ser dia. As ruas da Póvoa de Varzim, mesmo as mais largas, revelaram-se estreitas para os milhares de pessoas que se juntaram a muitos mais milhares de poveiros que não quiseram perder o desfile das marchas dos seis bairros, o sempre apreciado fogo-de-artifício que não acompanha o ritmo da música ou o contrário, mas é sempre vibrante, luminoso e espectacular, a sardinha no pão, as barriguinhas ou as bifanas, tudo junto num abraço de cores e alegria.
Não sei se foi regra, em todo lado, baixarem ou desligarem os decibéis das colunas à passagem das rusgas. Por onde andei, afirmo que sim, que já afinaram o som com a tradição e foi possível ouvir a música e os cantares das quadras dos bairros ao aclamado São Pedro.
O bairrismo de Belém, Mariadeira, Matriz, Norte, Regufe e Sul foi vivido de perto e com emoção, mas também se estampara nos rostos a tão desejada felicidade. E mesmo que tenha matado a saudade creia que ela ressuscitará.
Por: José Peixoto