O sexagenário São Pedro saiu às ruas e terá ficado agradado e agradecido com o que viu. Milhares de pessoas a viver a noitada de 28 para 29 de junho, com uma intensa alegria, dando vivas à passagem das rusgas dos bairros de Belém, Mariadeira, Matriz, Norte, Regufe e Sul, que em cada ano reforçam a sua claque.
A saudável rivalidade fez-se ouvir e aplaudir, sempre que num dos três palcos se exibia a tradição da rusga e a marcha de um outro bairro. O sorriso que nunca larga o rosto de uma tricana contagiou todos os outros que na popular noite da sardinha no pão deram asas ao entusiasmo vivido em cada bairro. E quando no céu, junto ao molhe norte do cais se acenderam todas as cores, em uníssono se ergueram na noite ventosa e gelada os telemóveis daqueles que preferiram ver através do micro-ecrã, e os olhos de quem desfrutou do privilégio de ver o espectáculo ao vivo.
Ainda mal refeitos da primeira noitada de São Pedro, seguiu-se a noitada em cada bairro, e mais uma vez não foram goradas as expectativas. As fogueiras, as sardinhas no pão, vinho ou cerveja e outras bebidas sem álcool para escreverem na noite muita alegria que culminou com a actuação das suas rusgas no palco e fogo-de-artifício em simultâneo nos seis bairros da cidade. Um céu lindo de morrer.
