O Rotary Club da Póvoa de Varzim reuniu, no dia 24 de Maio, os seus companheiros no Estela Golf Club para festejar o 61º aniversário do clube. O momento foi registado com o descerramento de uma placa alusiva à celebração, pela Presidente interina do mês de Maio do Rotary, Teresa Castro Lopes, e pelo Presidente da direcção do Estela Golf, Adalberto Neiva de Oliveira, acompanhados pela Vereadora da Coesão Social da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Andrea Silva, e pelo Presidente do Grupo Nelson Quintas, Dr. Jorge Quintas. A artística placa é da autoria do companheiro, médico, pintor e escultor, Afonso Pinhão Ferreira.
Teresa Castro Lopes enalteceu o momento de celebração e inspirada pelo verde da deslumbrante paisagem, “possamos aproveitar a energia da Primavera para renovar a dedicação ao serviço e ao envolvimento. E esta estação que nos inspire a revigorar os nossos esforços, fortalecer as nossas direcções e continuar a transformar vidas, reforçando laços dentro e fora do nosso clube, esta é a magia do Rotary”.
Por sua vez, Adalberto de Oliveira saudou os presentes e agradeceu a primeira vez dos Rotary naquele espaço “foi mesmo a magia que fez com que os companheiros, alguns dos quais conheço há muitos anos, finalmente aqui viessem. Louvo a iniciativa de quem aqui os trouxe. O que se anda aqui a fazer também é serviço, também é pela causa dos outros. Normalmente, somos humanos, o que aqui fazemos são angariações, designadamente cafés solidários, manifestações solidárias e que nos dizem muito”.
Estiveram presentes na cerimónia os presidentes do Lions Clube da Póvoa de Varzim, Miguel Matos; do Rotary Club de Vila do Conde, Filipe Santos, e o Presidente do Rotaract Club da Póvoa de Varzim, Gabriel Moreira.
Após o jantar, o Companheiro Afonso Pinhão Ferreira ergueu-se em palavras para relembrar momentos passados e companheiros que souberam recriar o futuro: “Valiosos Amigos: a nossa vivência institucional mostrou inquestionavelmente que o Companheiro Afonso Fernando tinha plena razão quando afirmava que Rotary cumpria o seu objectivo fabricando verdadeiros homens. Por isso, os 43000 clubes de todo o mundo devem pugnar por fazer da educação um objectivo e promovê-la a envolver todos, não fora o ser humano ser um Ser social afinal, um projecto colectivo. Sabem que fui professor muito anos, e foi aqui no Rotary Club que aprendi bem a diferença entre ensino e educação. Educar é bem mais que ensinar e a educação individual gera a educação social e esta uma comunidade de afectos. Uma sociedade onde prevalece a paz, o nosso maior objectivo.
Rotary trouxe-me, deixem-me dizê-lo, traz-nos o que vai faltando no ensino, traz-nos uma verdadeira educação para a cidadania (Tiago Brandão). Ensina-nos superar a emocionalidade e valorizar a racionalidade, a refletir, a defender as ideologias ocidentais como a liberdade e a participação política. Mais, educa-nos com as reuniões presenciais com regras protocolares a combater a mundanidade decadente que assenta no isolamento, no egoísmo e no abstencionismo.
As reuniões temáticas que favorecem o debate civilizado alertam-nos para a cultura e arte como cimento edificante da sociedade. Afinal, o que visitamos enquanto turistas, se não o património artístico identitário de uma dada comunidade? Na verdade, tudo o resto desaparece, fica a arte, arquitetónica, simbólica, imagética, escrita, melódica, escultórica, eu sei lá! Permitam-me a citação de Pascal Mercier: “Não quero viver num mundo sem catedrais. Preciso da sua beleza e da sua transcendência. Preciso delas contra a vulgaridade do mundo (...) Um mundo sem estas coisas seria um mundo no qual eu não gostaria de viver (...) Preciso delas contra o veneno insidioso do superficial e do supérfluo.” Deixo-vos a reflexão. A comunidade não deveria deixar-se governar pela vulgaridade.
Acreditamos bem que é importante “criar um novo universo, um mundo menos perverso, onde o Homem não se justifique apenas pelo trabalho, e encontre na cultura e na arte, viagem e agasalho.” E muito mais disse Afonso Pinhão Ferreira.
Por: José Peixoto