Esta sexta-feira, durante a manhã, os Presidentes das Câmaras Municipais da Póvoa de Varzim, Aires Pereira; de Vila do Conde, Vítor Costa, e de Matosinhos, Luísa Salgueiro, reuniram-se com representantes das associações de pesca locais para analisar, em conjunto, a proposta preliminar das áreas espacializadas e dos pontos para a ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade.
O encontro à mesa foi promovida por Aires Pereira, na qualidade de representante da Área Metropolitana do Porto junto da Comissão Consultiva para a elaboração do Plano de Afetação das Áreas Marítimas para Exploração de Energias Renováveis (CC-PAER), e realizou-se nos Paços do Concelho do Município da Póvoa de Varzim. Participaram desta reunião com os autarcas dos três concelhos o Presidente da Pró-Peixe, Joaquim Agostinho da Mata, e o Presidente da Associação de Armadores de Pesca do Norte, Manuel Marques.
Segundo uma nota da autarquia, “o documento analisado foi preparado pelo Grupo de Trabalho para o planeamento e operacionalização de centros electroprodutores baseados em fontes renováveis de origem ou localização oceânica, com vista a atingir a meta definida pelo Governo de 10GW para as energias renováveis offshore até 2030 através da instalação de um parque eólico na costa marítima portuguesa. Uma vez que este tipo de instalação prevê consequências (ainda por conhecer) para a comunidade piscatória, entenderam fundamental os Presidentes das Câmaras Municipais envolvidas ouvir diretamente as opiniões dos profissionais do setor a este respeito”.
Durante a reunião, “foram partilhadas preocupações comuns a vários níveis, nomeadamente relacionadas com a sustentabilidade da atividade da pesca, a navegação e acesso aos portos e, ainda, o tecido económico e turístico da região norte, pelo inevitável impacto visual das torres eólicas flutuantes no mar. Os contributos partilhados por todos os intervenientes na reunião de hoje serão, em breve, reunidos num documento conjunto que representará uma posição conjunta que defenda os interesses das comunidades locais, em especial da piscatória”.
