
Foram inúmeras as iniciativas que, no dia 2 de Outubro, se realizaram por todo o país e pelo mundo a exigir a paz e a libertação do povo palestino, onde se juntou mais uma razão, a detenção dos activistas que queriam fazer chegar ajuda humanitária àquele território massacrado por Israel. No sentido de fazer cumprir o direito internacional, A Póvoa Pela Palestina participou na concentração “Libertem a Flotilha”, que reuniu na Praça do Almada cerca de uma centena de pessoas para lembrar a gravidade do genocídio do povo palestiniano, a urgência de um cessar-fogo e a libertação da Palestina, mas desta vez também “para que não passasse em branco o rapto de activistas da Global Sumud Flotilla, dos quais a delegação portuguesa de que fazem parte Diogo Chaves, Mariana Mortágua, Miguel Duarte e Sofia Aparício”.
Para o movimento Póvoa Pela Palestina, “tendo em conta que as embarcações foram interceptadas em águas internacionais – violando o direito internacional e perpetuando a impunidade do projeto sionista nas atrocidades que comete – a Póvoa reuniu-se para denunciar uma ocupação da Palestina que se estende já desde 1967 e que escalou nos últimos dois anos com bloqueios ilegais, militarização e acção violenta e utilização da fome como arma de guerra”
E acrescenta: “Entre vários testemunhos da comunidade, denunciou-se o facto de o governo português insistir em não tomar acção afirmativa para garantir a libertação imediata dos cidadãos feitos reféns por Israel, o fim ao cerco ilegal a Gaza e a imposição de sanções efectivas a Israel pelos crimes de guerra que comete. Quando institucionalmente, Portugal se cala perante o sofrimento de um povo cujo estado até reconhece – de que serve reconhecer a Palestina se não reconhecemos os ataques à sua soberania e confrontamos o responsável pelo seu sofrimento? – Estendeu-se mais uma vez a solidariedade para com o povo palestiniano na defesa do seu direito à existência na face da limpeza étnica perpetrada por Israel, e para com todas e todos os ativistas que procuraram por terra, ar e pelo mar quebrar o cerco ilegal ao território palestiniano para que lá chegasse a ajuda humanitária”.
no comunicado pode ler-se que sendo este “um dos momentos mais marcantes que testemunharemos na nossa existência, sabemos estar do lado certo da História, reconhecendo nosso privilégio e defendendo quem não testemunhe senão a barbárie: como a Palestina, resistimos; como a Palestina, fazemo-nos ouvir; como a Palestina, venceremos”. E concluiu: “Liberdade à Flotilha Humanitária e aos seus ativistas, Liberdade à Palestina e ao seu povo: Palestina Livre!”
Fotos: D. Reservados