Reuniram-se as partes no Salão Nobre dos Paços do Concelho, e o acordo de parceria para a criação do Centro do Clima da Póvoa de Varzim, no Centro de Artesanato da vila de S. Pedro de Rates, foi assinado.
No dia 17 de Julho, o Município da Póvoa de Varzim, representado pelo seu Presidente, Aires Pereira; a Associação Biopolis, representada por Luís Folhadela, e a Junta de Freguesia de Rates, representada pelo seu Presidente Paulo João Silva, fizeram avançar o programa que pretende impulsionar a transição carbónica do concelho.
O Centro do Clima através de parcerias e projectos próprios, à luz do Plano de Acção para a Sustentabilidade Energética e Climática do Município, vai actuar nas seguintes áreas: Ar - monitorização e implementação de projetos que promovam a redução das emissões de gases com efeito de estufa; Água - regeneração da rede hidrográfica, dos aquíferos e dos ecossistemas costeiros; Terra - promoção de práticas que promovam a fertilidade dos solos e a biodiversidade, e Fogo - catalisador de acções que promovam a redução dos consumos energéticos e materiais, e implementação de acções e projectos que promovam a exploração dos recursos renováveis.
Segundo Aires Pereira, o Centro do Clima é “o primeiro em Portugal de iniciativa institucional”. Com a sua implementação prática pretende-se “focalizar a acção na avaliação de projectos para o futuro e medidas concretas a implementar para reduzir as emissões de gases. Termos transportes mais suaves é uma forma de contribuir para melhoria de qualidade de vida do planeta e de sustentabilidade”.
Para o Edil, chegou a hora de fazer a mudança, “é pelos jovens e pelas próximas gerações que lançamos esta iniciativa, assumindo a responsabilidade que nos cabe”. Aires Pereira reconhece a necessidade de discutir mais cada projeto: “Muitas destas intervenções no território têm um efeito ao longo de décadas e não podemos correr o risco de repetir erros passados. Temos de utilizar mais a natureza a nosso favor e agir menos contra ela”.
O Centro do Clima que terá nesta primeira fase uma dotação anual do orçamento municipal de 100 mil euros, será dirigido por Pedro Macedo, doutorado em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável, que terá a responsabilidade de criar “uma equipa multidisciplinar para podermos, em primeiro lugar, avaliar o nosso território, ver de que maneira nós podemos canalizar as nossas energias para a melhoria de diversos aspectos, que vão desde as questões ligadas à actividade agrícola, actividade industrial, à forma como nós circulamos no concelho”, esclareceu Aires Pereira.
Pela Biopolis, Luís Folhadela assegurou que o Centro do Clima assenta numa parte fundamental da missão da Associação: “Espalhar conhecimento, envolver e transferir aquilo que é a nossa tecnologia para a sociedade ajudando-a a enfrentar estes desafios e fazer a transição para um mundo pós-carbónico, que todos desejamos”.
Por sua vez, Paulo João reconheceu este era “talvez o momento mais feliz enquanto autarca. Este projecto é “aquele que mais me motivou e que mais me motiva para esta intervenção cívica”. Ou seja futuro a construir todos os dias.A Póvoa de Varzim quer-se no centro da mudança. A prová-lo está a estreia nacional no dia 18 de Julho, no Cine-Teatro Garrett, do documentário “Alter Nativas”, do realizador Juan del Río e do jornalista Abel Coentrão. Uma longa-metragem que pretende dar visibilidade a experiências transformadoras, geograficamente próximas de nós, e inspirar outros futuros possíveis com modelos de vida mais sustentáveis.
Fotos: JCM
