Perpetuar a memória e chamar ao futuro presente, é o que pode encontrar no livro Tavares 1922-2022, 100 anos ao serviço da excelência na ourivesaria, da autoria de Rosa Maria dos Santos Mota, doutorada em Estudos do Património. A obra que reúne alguns colaboradores, foi apresentada, no dia 26 de Outubro, na sala de actos do Cine-Teatro Garrett pelo sócio gerente da ourivesaria, Carlos Tavares, que se fez acompanhar pela sócia e irmã Ana Tavares; pelo Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira; por Fátima Santos, que foi durante 17 anos Secretária Geral da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal; Maria das Dores Milhazes cliente e amiga, e pela autora do livro.
A sociedade Andrade & Tavares foi fundada a 1 de Outubro de 1922, por Virgílio Aristides Tavares, Gaspar José de Andrade, Miguel da Silva Andrade e Manuel da Silva Andrade. “Estavam longe de pensar que passados 100 anos estaríamos aqui em família com a nossa comunidade local, instituições, clientes e amigos, a comemorar o centenário da sua fundação, e também a apresentar este livro que conta a história da nossa família e da nossa empresa. Uma história de resiliência, uma constante procura de fazer melhor, de fazer das dificuldades oportunidades, de amor à ourivesaria, à nossa rua da Junqueira, à nossa cidade e às suas gentes. Na ‘Tavares’ celebramos uma história que se faz de família, de proximidade e de pessoas”, lembrou Carlos Tavares.
Foram muitos os agradecimentos em nome da ‘Tavares’, com destaque para a autora do livro, Rosa Maria, mas também a Joana Leandro pelos quatro anos de pesquisa, ou a Mário Linhares que foi o responsável pela árvore genealógica da família Tavares, um aturado trabalho que obrigou a muita viagem. Carlos Gonçalves designer gráfico sempre capaz de criar, ouvir e mudar, tal como o fotógrafo Pedro Lage que se associou ao trabalho. E por último, a Maria de Jesus Milhazes, cliente e amiga que “entrou pela primeira vez na ourivesaria pela mão dos seus pais e hoje já traz as suas netas na sua visita habitual aos sábados à tarde”, lembrou Carlos Tavares.
Perante uma Sala de Actos sem cadeiras vazias, Rosa Maria, autora de vários livros, explicou como compilou 100 anos de histórias da ourivesaria que persiste e insiste em manter uma oficina capaz de responder às exigências do futuro com técnicos que não se cansam de absorver as experiências do passado.
Também Fátima Campos e Maria das Dores Milhazes deram os seus sentidos testemunhos que reforçam e contribuem para a ‘Tavares’ se manter no caminho da eternidade em família, como foi capaz de o ser até à data. Quem presenciou o acto levou de oferta o livro, mas quem quiser conhecer como foi celebrado o passado e preparado o futuro, pode sempre adquirir o livro na própria ourivesaria. As receitas revertem na totalidade para o Instituto Madre Matilde.
As últimas palavras foram de Aires Pereira: “A ourivesaria Tavares para nós é um orgulho e uma referência que tem o brilho que todos nós lhe reconhecemos’. E é “uma enorme satisfação poder patinhar este momento. Celebrar 100 anos e continuar a desafiar o futuro da forma que a ‘Tavares’ o faz”.
Por: José Peixoto
