A valorização do sargaço da costa Litoral Norte assumiu-se como projecto ValSar, desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra e apoiado pelo Município da Póvoa de Varzim, foi apresentado no dia 21 de Setembro, no Centro Póvoa Empresas. A intenção passa por dar uma nova vida a esta biomassa que no passado foi muito usada como fertilizante natural para as terras. Pretende-se fazer uma análise das potencialidades do sargaço recolhido na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, e conta com o sector privado para a criação de produtos para uso agrícola, farmacêutico ou cosmético.
Segundo a investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e coordenadora do projecto, Cristina Rocha, para além de destacar o elevado interesse em aliar a tradição do trabalho dos sargaceiros à potencialidade de inovação das cadeias produtivas, revelou que “há uma empresa norueguesa interessada no projecto”.
Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, acentuou esta oportunidade de economia azul “já tínhamos identificado no nosso Plano Estratégico 2020-2030, esta oportunidade”. E acrescentou: “Estamos a criar condições para que a futura renovação d´A Poveira, possa albergar um laboratório que possa desenvolver estas novas tecnologias ligadas à economia azul, aproveitar o imenso potencial que temos nesta área e que vai muito além da pesca”.
No âmbito desta investigação do “ValSar – Valorização do Sargaço da Costa Litoral Norte“, o Município promoveu na manhã que antecedeu a apresentação do projecto, uma sessão prática destinada aos alunos das turmas do 6.º ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar, que tiveram oportunidade de compreender o valor do sargaço que por norma se semeia pelas areias das praias que bem conhecem, tal como o trabalho dos sargaceiros locais, hoje raras vezes praticada pelos seus familiares.
