Voz da Póvoa
 
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Na Idade das Perguntas e no Entardecer Também há Carnaval

Na Idade das Perguntas e no Entardecer Também há Carnaval

Local | 19 Fevereiro 2023

 

Quem me dera ser ainda neto da avó Isaura ou Rosa, do avô Azevedo ou Francisco, para me divertir no “Carnaval dos Avós e Netos’, da União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, onde não faltou música, animação, comes e brindes à vida. Foi bonito de ver na tarde do dia 16 de Fevereiro, no salão da Associação Cultural e Recreativa da Matriz, um encontro entre a experiência e a vontade de crescer, animada pela vontade de se divertirem juntos.

“Tornou-se uma tradição da Junta de Freguesia, o Magusto e a fresta de carnaval em que convidámos os avós a trazerem os netos. Acrescentamos a animação com dança e um pequeno lanche e temos aqui cerca de 300 pessoas para este tipo de festa, mas normalmente aparecem sempre mais, 340, à volta disso. O espaço começa a ser pequeno porque juntamos Beiriz e Argivai. É sempre um convívio importante entre as pessoas de diferentes freguesias que de outra forma não se encontrariam a confraternizar”, referiu Ricardo Silva.

Para o presidente da União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, é importante manter esta tradição e recorda outros tempos: “Na minha infância, tínhamos um curso carnavalesco aqui na Póvoa e até era uma das grandes festas de carnaval que existia em Portugal e das mais emblemáticas, até pela ligação que tínhamos aqui, muitas pessoas que regressaram do Brasil ligadas às associações e ao movimento associativo. Durante muitos anos fez-se o Carnaval aqui na Póvoa, depois foi perdendo a tradição. Hoje, mantemos com as crianças, com as freguesias, com os centros ocupacionais, continuamos a festejar o Carnaval”.

As inscrições são gratuitas e têm como objectivo garantir lugares sentados, “porque se trata de pessoas de uma classe etária avançada”, acrescentou.

Ricardo Silva disse ainda que “não temos prémios para o melhor mascarado, mas temos uma máscara de carnaval para oferecer a todos os participantes. Damos sempre alguma coisa para eles se divertirem, para se entreterem e entrarem dentro do espírito do Carnaval”, o tal espírito que ninguém leva a mal.

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