Na Reunião de Câmara do dia 25 de Janeiro, o executivo municipal aprovou os protocolos de colaboração que, permitem manter em funcionamento o Centro de Testagem no Centro Ocupacional da Lapa. “Na primeira fase, tivemos uma parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa e, agora, temos com o laboratório Magismed, que nos últimos 8 dias tem testado cerca de 400 pessoas por dia, o que justifica este investimento”, lembrou o Presidente da Câmara.
Foram também concedidos e aprovados apoios ao MAPADI, de 118.440,00 euros e de 90.000 euros aos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, tratando-se este de um apoio dado todos os anos pelo Município, pelo serviço social que as duas associações prestam ao concelho.
Na mesma reunião foi discutida a aplicação do direito de preferência sobre 23 prédios urbanos só em Janeiro, uma situação que para Aires Pereira demonstra um crescimento da actividade económica na Póvoa de Varzim: “Só neste mês de janeiro, existem outros 30 edifícios em análise, o que não é normal se compararmos com a média de 4 ou 5 edifícios mensais registados no ano passado. No entanto, o preço que nos é aqui apresentado para que nos pronunciemos sobre ele, e que são os valores pelos quais os prédios são escriturados, parecem-nos justos e dentro dos preços de mercado. Em alguns casos já exercemos este direito de preferência”.
Foram também aprovados apoios financeiros à Irmandade de Nosso Senhor dos Passos da Freguesia de Rates, para as festividades do Senhor dos Passos, e à Fábrica da Igreja de Nossa Senhora da Purificação de Terroso, para as festividades em honra de Nossa Senhora das Candeias.
A proposta de regulamento de concessão de regalias para os Bombeiros em regime de voluntariado, apresentada pelo Partido Socialista na Reunião de Câmara de 11 de Janeiro, foi chumbada por toda a vereação PSD. “Achamos que a proposta introduzia bastantes desigualdades entre o próprio corpo de bombeiros voluntários, uma vez que previa um conjunto de isenções em áreas que não contemplavam todos por igual e noutros aspectos, são regalias que o município já atribui, nomeadamente a frequência da Varzim Lazer sem pagar nada e dos espectáculos culturais, uma vez que fazem parte da bolsa de voluntariado. Também o pretendido com a isenção de IMI, das taxas da redução da factura da água e do saneamento para os bombeiros e seus agregados, pensámos que a proposta iria provocar alguma desigualdade, uma vez que há bombeiros que não têm casa própria”, explicou Aires Pereira.
Por outro lado acrescenta que, “se há bombeiros que participam em todas as actividades, há outros que têm uma participação muito limitada, muitas vezes por razões profissionais. Por isso, é que o apoio do Natal do Bombeiro é justo porque é distribuído em função daquilo que é a sua participação nas ocorrências. Ou seja, é um incentivo para aqueles que mais se disponibilizam”.
Proposta Socialista Visava Reconhecer o Trabalho dos Voluntários
O Partido Socialista apresentou uma proposta que visava a concessão de benefícios aos Bombeiros Voluntários “muitos deles, na prática, têm um segundo emprego não remunerado, chegando alguns deles a dar mil horas de voluntariado por ano. O Partido Socialista apresentou uma proposta séria que apesar de ter sido chumbada, o presidente da Câmara a reconheceu como tal, concretamente, optou por prosseguir a sua política. Compreendo nesta lógica política que as prioridades são diferentes entre a maioria PSD e os vereadores do PS, por isso é com naturalidade que encaro o voto contra. Há vários concelhos que são servidos não por uma corporação de voluntários, mas por bombeiros sapadores, e aquilo que gostaríamos de destacar no contexto em que fazemos esta proposta, face à realidade dos bombeiros na Póvoa, é que face à diminuição de voluntários, qualquer dia o município poderá vir a necessitar, para cumprir a sua função essencial da protecção civil, de reforçar o corpo de bombeiros com sapadores municipais ou outro tipo de regime”, justificou João Trocado.
O vereador socialista pretende ver reconhecido “o trabalho dos voluntários que não o fazem pelos benefícios, mas é certa a necessidade de actuar na escassez de voluntários e a dificuldade que há dentro da corporação para dar resposta a todas as necessidades. Não se trata de discriminação em prejuízo de outros trabalhadores ou voluntários de outras instituições, mas perceber que sendo esta uma competência municipal, as pessoas reconhecem a importância destes autênticos heróis que dão tudo por nós e cumprem sem exigir nada em troca. Uma das funções cruciais da Câmara Municipal é assegurar o socorro e a protecção civil”.
A também vereadora socialista, Ilda Cadilhe, acrescentou que as espectativas saíram frustradas: “A proposta surge depois de termos estado no quartel de Bombeiros a falar com o Presidente e Comandante da corporação, que reforçaram o que era público há muito tempo. Há uma grande dificuldade em captar pessoas porque se trata de um voluntariado muito específico, que implica risco no socorro aos outros, exige um elevado número de horas de formação contínua para estar nas melhores condições físicas, psíquicas e de conhecimento para poder socorrer os demais, e não é só o socorro pré-hospitalar, é tudo o que ocorre no nosso município e que é muito variado”. E esclarece: “A nossa proposta não foi uma proposta fechada, promovia uma reflexão para a existência de um regulamento de benefícios que viessem a ser discutidos. A mesma visava reforçar o corpo de bombeiros no momento em que está a fazer recrutamento, mas por outro lado reter os operacionais que tem. Lamento que tenha sido desvirtuada com os vários apoios que a Autarquia dá à instituição, que são importantes e necessários para o seu funcionamento, mas ela depende da existência de voluntários, daí o nosso foco nos operacionais”.
Em relação aos testes Covid, João Trocado recorda que o seu partido já tinha alertado para “a necessidade de reforçar a testagem, antes do município ter criado o Centro de Testagem no Centro Ocupacional da Lapa. Como se vê agora, o Município evoluiu para uma solução que está a produzir melhores resultados, com mais testes e menos custos. Aí o nosso contributo veio em tempo útil”.
