Voz da Póvoa
 
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Licença Definitiva Legitima Atentado Ambiental em Paradela

Licença Definitiva Legitima Atentado Ambiental em Paradela

Local | 4 Março 2023

 

No final da visita à fábrica de conservas, A Poveira, na Zona Industrial de Laúndos, o Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, mostrou a sua indignação a propósito da notícia dada pela Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), de que foi emitida a licença definitiva ao aterro da Resulima localizado em Paradela: “Não percebemos em que condição foi emitida. Com uma providência cautelar a decorrer, com questões que fazem parte do Parecer que ainda não foram resolvidas, com o protesto das populações e com o cheiro nauseabundo que a instalação continua a produzir, acho lamentável que a CCDR-N tenha emitido a licença definitiva”. 

O município irá continuar nas instâncias judiciais a pedir justiça, mas o Edil reconhece que é, “sem sombra de dúvida, um dia negro para o ambiente em Portugal quando se licencia uma instalação que se sabe que não está a funcionar em condições e que é objectivo aquilo que tem sido prejuízo para as populações envolventes. Acho que o Estado português e a CCDR-N, enquanto seu representante, não estão a cumprir a missão para o qual foram nomeados”.

Durante a manhã de sexta-feira, um grupo de pessoas descontentes com os odores do aterro de Paradela, manifestou-se junto à sede da CCDR-N, no Porto, ao qual se associaram Sílvia Costa, vereadora do Ambiente da Póvoa e os autarcas de Laúndos, Rates, Estela, Navais e Aguçadoura, freguesias do concelho da Póvoa de Varzim, e de Cristelo e Barqueiros pertencentes ao concelho de Barcelos.

Por parte da CCDR-N, assumiu a Vice-presidente, Célia Ramos, que o problema dos maus cheiros causados pelo aterro da responsabilidade da Resulima ficará resolvido até ao fim do ano, embora não tivesse avançado com um prazo: “Até lá, há formas de minimizar o problema dos maus cheiros. Todos os dias estaremos atentos para que isso aconteça”, revelando que a fiscalização agirá de forma implacável.

A intenção das populações ou da CCDR-N, não passa por encerrar a estação de tratamento de resíduos. Para Célia Ramos seria “um recuo civilizacional”.

Fotos: Junta de Laúndos

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