A Senhora da Lapa voltou, no domingo, às ruas do Bairro Sul, no âmbito das celebrações dos 250 anos da construção de um dos lugares de culto mais antigo da Povoa de Varzim, a Igreja da Lapa. A última vez da procissão aconteceu em 1992, e tal como anunciado por Deolinda Carneiro, directora do Museu Municipal, a ideia foi “criar a conjugação de uma procissão tradicional com uma procissão histórica. De forma, a tentar lembrar as personagens iniciais. Ou seja, o padre Ângelo Cerqueira que veio fazer a missão à capela de S. Tiago e que segundo palavras da época - comoveu tanto os pescadores que assistiram - que decidiram criar, primeiro a confraria da Senhora da Lapa e depois construir a Capela”. E lembrou que “o facto de quererem fazer a capela no lugar do Facho, que já existia, que a senhora ficasse como farol para os pescadores e serem eles por cotização a construir a capela, é uma decisão que não tem a ver com a paróquia, mas com a vontade de um grupo”.
Segundo os organizadores, o momento poderá não se repetir, embora tenha entusiasmado os locais a fazerem belíssimos tapetes de flores e a enfeitar as suas varandas com colchas saídas de mãos artesãs. Como roga a tradição, centenas de pessoas acompanharam a procissão, que se fez de figurantes e dois andores, a Senhora da Lapa, aos ombros de associados do Leões da Lapa, e Senhora da Anunciação, aos ombros de pescadores. Uma fanfarra, a Banda de Música da Póvoa, várias confrarias e entidades civis e militares, completaram o desfile religioso.
