O Dia Nacional de Luta contra a Paramiloidose, 16 de Junho, serviu mais uma vez para lembrar e depositar uma coroa de flores junto ao busto de Corino de Andrade, no Largo das Dores. Este médico e cientista foi quem pela primeira vez identificou e caracterizou como nova entidade nosológica a paramiloidose, doença que lidera a nível mundial o número de casos nos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
A cerimónia contou com a presença do provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, Virgílio Ferreira; dos presidentes da Associação Portuguesa de Paramiloidose e da Assembleia Geral, Carlos Figueiras e António Machado, e a vereadora da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Andrea Silva, entre outras entidades civis e religiosas.
Durante a cerimónia, António Machado agradeceu a todos os representantes e entidades presentes “o carinho que tem com a associação e a ajuda preciosa que têm dado. Esta direcção trabalha para que os nossos doentes possam ter as melhores condições de vida possíveis”.
Em sintonia, o Provedor Virgílio Ferreira lembrou a “aliança das três entidades, que já tem muitos anos, aliança que se deve manter, porque a doença e os doentes exigem de nós que continuemos a pensar neles, a encontrar soluções”. Agradeceu também a “confiança depositada na Misericórdia que na área que lhe cabe estar no terreno, tenta fazer o melhor”.
As palavras de Carlos Figueiras incidiram nos avanços do tratamento da paramiloidose, destacando um medicamento que já salvou e tem prolongado a vida dos doentes “é muito caro, mas o Estado existe para tratar das pessoas. Tanto comigo como com as pessoas que me rodeia e com os novos que vão assumir num futuro próximo os destinos da Associação, os nossos doentes podem ter a certeza que nós todos os dias trabalhamos para que a paramiloidose seja uma doença benigna”.
Para a Vereadora, Andrea Silva, a data, que por coincidência celebra também os 50 anos de elevação da Póvoa de Varzim a cidade, tem que ser marcante: “Esperemos que este dia marque alguma melhoria naquilo que não tem vindo a ser feito, nomeadamente pelo Estado, para a melhoria das condições dos doentes com paramiloidose. Todos sabemos que esta é uma doença difícil, que tem uma vivência difícil, não só por parte dos doentes, mas que envolve toda a família. Por isso é importante que o Estado perceba que as pessoas não são números, independentemente de a doença atingir poucas pessoas no nosso país, não podem ser esquecidas”.
Seguiu-se uma missa na igreja da Misericórdia, presidida pelo padre Avelino Castro, em memória das vítimas da Paramiloidose.
Por: José Peixoto
Fotos: Rui Sousa
