Voz da Póvoa
 
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Congresso Empresarial Recebeu Ministro da Economia e do Mar

Congresso Empresarial Recebeu Ministro da Economia e do Mar

Local | 31 Outubro 2022

 

Três dias com 30 oradores que abarcaram diferentes matérias sendo que cada painel contou com a participação e intervenção de um empresário poveiro de sucesso no concelho. O encerramento do III Congresso Empresarial da Póvoa de Varzim no Sábado, dia 29 de Outubro, contou com a presença do Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva e do Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira.

Depois de na abertura do Congresso, o Edil poveiro ter referido, “mais do que a economia dos números, a Póvoa de Varzim vive e faz-se da economia das pessoas, do trabalho, dedicação e resiliência dos mais de 64 mil poveiros que contribuíram e contribuem todos os dias para o crescimento do nosso concelho”, Aires Pereira voltou a recordar a política fiscal do município: “Isenção de derrama; IMI nos 0,3% valor mais baixo permitido por lei; redução do IMI para agregados familiares com 1 ou mais dependentes, e a manutenção das tarifas da água e de saneamento, desde 2020”.

E acrescentou: “Juntámo-nos para reflectir em conjunto qual o rumo que pretendemos seguir, quais as oportunidades que temos pela frente e de que forma podemos crescer individualmente para crescermos todos juntos. Falámos sobre emprego, novas tecnologias, e demos exemplos de casos de sucesso de empresas da Póvoa de Varzim, neste congresso”, manifestando o desejo de, em 2024, o evento decorrer no Póvoa Arena, “a tal alavanca que precisamos para diminuir sazonalidade da nossa terra, trazendo actividade para o centro da cidade”.

Depois de discorrer sobre os investimentos e instalação de empresas nos Parques Industriais do concelho, o Presidente da Câmara direccionou as suas palavas para o Ministro da Economia e do Mar “permita que eu o sensibilize para a necessidade de serem disponibilizados recursos para a recuperação das antigas zonas industriais, a nossa foi construída no final dos anos 80, e precisam hoje de inovação, de ter acesso às autoestradas da informação, outras condições de atractividade para as nossas indústrias. A Associação Empresarial pretende fazer um centro de actividade na zona industrial de Laúndos que permita prestar serviços às indústrias”.

Outra das necessidades prementes para o concelho, é a viabilização do nó da A7 em Balasar, tendo Aires Pereira solicitado ao Ministro que “dentro da sua magistratura de influências” conseguisse desatar o Nó, “andamos há mais de 20 anos a pedir uma ligação ao interior do nosso concelho que é atravessado pela autoestrada A7”. E prosseguiu, “em Balasar está a ser desenvolvido um santuário à Beata Alexandrina, de grandes dimensões que sem acessibilidades não será possível. É daquelas coisas difíceis de explicar, os três municípios estão de acordo, a concessionária também e não exige nenhum financiamento extra para fazer esse Nó porque ela própria com os estudos de tráfego que fez, essa acessibilidade passará a ter mais tráfego, logo mais receita. É de crucial importância para o desenvolvimento da zona, só falta mesmo a vontade política de quem decide para nos sentarmos à mesa e executar o Nó”. Quanto às acessibilidades necessárias, o Edil revela que, “quer eu, quer o presidente da Câmara de Famalicão já nos comprometemos a construí-las”. 
  
A importância que tem para a região e para o desenvolvimento da Póvoa de Varzim uma nova concessão da zona de jogo foi também lembrada pelo autarca: “Todo o nosso desenvolvimento nestes últimos 20 anos foi apoiado na zona de jogo, desejamos continuar a fazer parte deste processo”. 

No final, o Presidente da Câmara traçou no presente o caminho do futuro e apresentou o projecto da requalificação da Marina Norte onde será criado um pólo dinamizador da juventude, do turismo e do sector da restauração e hotelaria: “Será sem dúvida uma oportunidade para todos, uma nova economia que irá surgir naquele lugar, será sem sombra de dúvida uma nova cidade que ali iremos construir, desde que conciliando sinergias da parte pública e privada”. E desafiou os empresários locais, “Apresentem-nos os vossos projectos para que possamos construir uma coisa com que nos identifiquemos, sejam parte da solução”.  

Nó da A7 em Balasar Poderá Ter Resposta Positiva do Governo 

António Costa Silva começou por dizer que “admira as pessoas que exercem as suas funções com paixão como o Presidente da Câmara deixou claramente aqui expresso e quando assim é, as coisas acontecem”. O ministro recordou que o país tem problemas sérios, “vamos tentar resolver na medida do possível, mas ninguém consegue fazer isso sozinho, tem que haver uma cooperação muito grande. Um dos problemas capitais, e é por isso que o país não tem crescimentos económicos significativos, tem a ver com a capitalização das empresas. Somos um dos países da União Europeia que tem um nível de capital do trabalhador mais baixo. As nossas empresas recorrem muito ao endividamento bancário, é um paradigma que nós queremos complementar com a crescente capitalização das empresas”. Dando-lhes mais autonomia para decidirem podem ter “uma solidez maior para enfrentar os problemas do futuro”.

O Ministro da Economia e do Mar reforçou que a “base é criarmos mais riqueza para depois a sabermos distribuir”. Quanto à questão da A7 e a criação de uma acessibilidade que permita o desenvolvimento da zona industrial de Balasar e do futuro santuário, assumiu que “vamos fazer o melhor possível para tentar resolver esse problema”. E em relação aos parques industriais “no país, é preciso reconfigurar os nosso parques e olharmos de forma consistente para o futuro. Os parques têm que ser modernizados em articulação com as associações empresariais e as empresas. Temos que apostar fortemente nesta nova onda de tecnologias digitais, na aceleração da transformação tecnológica e digital, e progredir na cadeia de valor em todas as áreas”.

Quanto à concessão da Zona de Jogo e o concurso que irá decidir em 2025, António Costa Silva revelou que “antes de abrir os concursos, realizamos reuniões no ministério da Economia com todos os operadores para recolher as recomendações, as sugestões e organizar esse tipo de interacção. Posso dizer ao senhor presidente que dialogaremos também com a autarquia porque consideramos que o Casino da Póvoa é um elemento central da economia do concelho e a próxima concessão vai ser absolutamente central para o futuro”, uma palavra que o Ministro fez questão de ampliar:  “O futuro não é aquilo que vai acontecer, o futuro começa agora. O meu apelo final é para que todos juntos independentemente das nossas diferenças, das nossas opiniões, juntos consigamos construir plataformas colaborativas nas várias áreas para fazer face aos problemas e transformar o nosso caminho para o futuro. Ninguém tenha ilusões, os governos passam, mas a economia fica”.
 
O evento contou durante os três dias, 27, 28 e 29 de Outubro, com a presença de dezenas de empresas numa Feira Empresarial, onde não faltaram momentos de networking, degustação e animação.

Por José Peixoto

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