Quando a razão é maior que a escuridão, as ruas ganham todas as cores, mas os convidados vestem de branco. Foram aos milhares aqueles que se fizeram à rua como se de um mergulho no mar se tratasse. O tempo ajudou e trouxe mais corpo moreno para contrastar com o branco do vestido. A Noite Branca que regressou da pandemia dos últimos dois anos no dia 20 de Agosto, voltou a ser de festa pela madrugada dentro.
A vida é branca-tela para que possamos acrescentar conhecimento, sentimento e divertimento. Há quem nos queira amorfos, vender drama, inventar medos, mas nascemos para dar alegria, contagiar o outro e desfrutar da oferta do mundo. Sair para a Noite Branca é um estado de alma, um dizer “Adeus tristeza, até depois / Chamo-te triste por sentir que entre os dois / Não há mais nada pra fazer ou conversar / Chegou a hora de acabar…”, a razão do Fernando Tordo pode ser de todos.
Para que o acaso de uma Noite Branca fosse animado por música, a Câmara Municipal com o apoio da Rádio Comercial, semeou palcos pela cidade: no Passeio Alegre, Praça da República, Praça do Almada e Esplanada do Carvalhido, onde vários DJ’s nacionais, como Francisco Gil, Nuno Luz, Rob Willon, Henrique Mano, Wilson Honrado, Kika Lewis, Carolina Torres, João Duque, Bruno Guedes e Manel Fonseca, animaram a noite. Uma festa como esta, desinfesta a alma do fardo da intolerância e da arrogância dos sempre em pé.
