A Associação Empresarial da Póvoa de Varzim (AEPVZ), reuniu na quinta-feira, em Aguçadoura com cerca de meia centena de empresários locais, maioritariamente ligados ao sector agrícola. Depois de Balazar e Laúndos, este foi o terceiro encontro que contou com a parceria da Câmara Municipal. Por forma a ouvir os anseios e propostas dos empresários do concelho, uma vez por mês será visitada cada uma das dozes freguesias.
Como tem sido habitual nestes encontros, marcou presença o Presidente da AEPVZ, Joaquim Araújo e grande parte da sua direcção; o Presidente da Câmara, Aires Pereira; o Presidente da União de Freguesias de Aguçadoura e Navais, Fernando Rosa, e o Consultor da Urbe, Rui César Castro, com quem a Associação Empresarial estabeleceu um protocolo para ajudar os empresários a encontrar melhores soluções.
“É importante que todos juntos possamos pensar, reflectir e ponderar verdadeiramente sobre aquilo que são as novas oportunidades neste momento ao nível do financiamento”. O consultor fez um resumo dos principais erros detectados em candidaturas anteriores a fundos comunitários, no sentido de “ajudar os empresários, dando-lhes toda a informação disponível de forma que uma nova candidatura seja feita com uma base racional, com toda a documentação e que o empresário esteja consciente das obrigações e daquilo que serão os benefícios de uma candidatura a fundos comunitários”, explicou Rui César Castro.
Por seu lado, José Armando Félix responsável pela área da formação apresentou o projecto da Associação e convidou os empresários a manifestarem-se e a expor as suas necessidades e aquilo que “pode ser uma mais-valia para as vossas empresas”.
Joaquim Araújo reforçou a aposta da Associação Empresarial em continuar “a promover e a organizar reuniões ao ritmo de uma por mês, em cada freguesia do concelho. Convidaremos os nossos associados, os empresários locais e todos os empresários que quiserem assistir, porque estamos aqui para esclarecer todas as questões”. Reiterou ainda que “esta associação não está só vocacionada para o comércio local, mas também a todas as empresas dos diferentes ramos de actividade, grandes e pequenas. As nossas ideias passam por ajudar todos a crescer de forma estrutural e comercialmente”. Para o final do verão o presidente da AEPVZ promete realizar “um congresso empresarial, onde tentaremos reunir um grande número de empresas poveiras para apresentarem os seus produtos e serviços”.
Sérgio Furtado, responsável pelo pelouro dos associados, explicou aos presentes “as vantagens e os protocolos que a Associação assinou com várias entidades, vários serviços ao dispor dos nossos associados que são uma mais-valia para todos”.
Tal como já tinha acontecido nas anteriores reuniões com empresários, Aires Pereira disse que o caminho do desenvolvimento do concelho está na mão dos empresários, acreditando que a certificação dos legumes da Póvoa (cebola, couve penca e tomate coração de boi) pode facilitar a obrigação de “em concurso público sejam integrados esses produtos nas ementas das cantinas. De momento ainda não é possível fazer essa exigência porque ainda não estão certificados”.
Para o presidente da Câmara é importante “contornar a dependência dos agricultores ao sector médio e grande distribuição. É preciso ter respostas para “valorizar o trabalho dos agricultores”. E acrescenta que “é necessária uma organização de produtores onde seja possível impor preços mínimos para os produtos”. Porque, “os agricultores têm a faca e o queijo na mão. É preciso nós nos organizarmos e sermos duros, senão a sobrevivência vai ser difícil”. Concluiu.
Fernando Rosas agradeceu a todos a presença e o interesse demonstrado na iniciativa da Associação Empresarial.
