Quando o Varzim recebia no seu estádio o Benfica, o Porto ou o Sporting, sem esquecer o Rio Ave, o Braga, o Guimarães ou o Leixões, as bancadas ficavam repletas de adeptos da bola. Agora, os clássicos são outros, com nome de bairro de Belém, Mariadeira, Matriz, Norte, Regufe, Sul, onde há lugar ainda para a Rusga da Póvoa e do MAPADI, mas as bancadas continuam a encher e a colorir de ferrenhos adeptos e entusiastas de um bairrismo com vida eterna, enquanto houver rusgas há São Pedro.
Terminado o desfile e as coreografias de bancada é tempo de assistir ao fogo-de-artifício que mais uma vez fixou todos os olhares num deslumbramento de cor.
A despedida das festas ao São Pedro chegou no domingo com o cortejo de Usos e Costumes, uma comunhão de tempos passados, uma restauração da memória de um povo com história, todos os ingredientes a combinar, o traje, os objectos, o modo de ser e de fazer, a intensidade dos amadores actores elevou o espírito bairrista e encheu de orgulho cada figurante, cada olhar poveiro, cada olhar do mundo.
Por: José Peixoto
Fotos: Rui Sousa