Não é de hoje, sempre que o céu exagera um pouco e abre as nuvens da chuva as ruas inclinam-se para as sargetas que não conseguem beber toda a água, às vezes porque estão entupidas, outras porque entopem com os detritos arrastados pela tormenta das águas, ou ainda, porque estão apenas preparadas para receber as chuvas de verão.
O certo é que num espaço de 500 metros, a Nacional 13 ficou alagada em Aver-o-Mar frente ao LIDL (atravessa a estrada uma velha Regueira entubada), e pouco depois do restaurante Marinheiro onde o milenar Rio Troca, também ele, atravessa a estrada por dois antigos arcos empedrados (Dez metros ao lado um outro arco faz o mesmo) subiu quase dois metros do seu leito e galgou a estrada entrando por portas e garagens dentro. O mais certo, ainda, é que a protecção civil, sem mãos a medir, quando lá chegou para cortar a estrada, já se mobilizavam viaturas que arriscaram atravessar e abafaram o motor aumentando o desespero ao coração do condutor.
Quem por ali mora reclama limpezas nos ribeiros (antigamente da responsabilidade dos proprietários do campos atravessados pelos cursos de água) e obras para facilitar a passagem das cheias que nunca foram feitas. Segundo dizem, a história repete-se todos os anos com prejuízos para os moradores e transtorno para os utilizadores da estrada nacional.
