Voz da Póvoa
 
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A Modernidade é Sempre o Passo Seguinte da Misericórdia

A Modernidade é Sempre o Passo Seguinte da Misericórdia

Local | 1 Junho 2023

 

A Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim comemorou no dia 23 de Maio, o seu 267º aniversário, com a inauguração da ampliação do Edifício da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), empreitada que sofreu a paragem de um ano, nos quase quatro anos de trabalhos de execução. Trata-se de um espaço moderno, equipado com 16 quartos duplos, com amplas áreas de circulação e de lazer que se interligam e harmonizam com as antigas instalações.

A cerimónia que teve início no salão nobre da Misericórdia, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, do Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, Virgílio Ferreira, e da presidente do Secretariado Regional da União das Misericórdias Portuguesas, Amélia Ferreira, entre irmãos da Santa Casa e entidades civis e militares.
 
A obra de ampliação e requalificação da ERPI, para o Provedor não se limita a uma nova construção para receber idosos: “Envolve o edifício existente, adequando muitos espaços à nova lei das ERPIs. Trata-se de uma obra de grande dimensão, cujo valor final rondará os 2,9 milhões de euros, dos quais 2 milhões respeitam ao novo edifício”. Virgílio Ferreira lembrou que inicialmente a obra estava orçada em 1,9 milhões de euros, mas face à subida dos preços de construção, disparou para valores bastante mais altos”. No entanto “temos a ERPI totalmente modernizada, virada para o futuro, alojando cerca de 100 pessoas”.

Virgílio Ferreira abriu o livro dos investimentos feitos nos últimos anos, como a instalação de painéis fotovoltaicos que permitem poupar energia, mas também ao nível informático. Reconhecendo o importante contributo da Câmara Municipal, o Provedor acredita que “o apoio social dos mais idosos desta terra continuará a merecer esta parceria”, lembrando a necessidade de concluir “o Piso 1 do novo edifício”.

Os serviços de fisioterapia da Misericórdia que dentro de um ano completam uma década, e têm cada vez maior procura, para Virgílio Ferreira “seria um belo presente de aniversário se, com a ajuda do município, pudéssemos concluir a obra do novo edifício onde os serviços ganhariam outras condições e espaço”.

Por sua vez, Maria Amélia Ferreira elogiou a renovada ERPI que aumenta bastante “a capacidade de resposta na Póvoa de Varzim para os idosos que recorrem à Misericórdia”. E acrescentou que “Investir no envelhecimento activo e com cuidados mais diferenciados é o futuro”. Porque “o envelhecimento é uma conquista, não é uma desgraça. Temos de mudar de vida, mas as políticas também têm de se adaptar a esta mudança da sociedade. E também é nossa função enquanto cidadãos responsáveis por instituições nas suas diferentes áreas, ter a noção que temos de mudar, de mudar de vida”. E concluiu: “As pessoas têm direito ao seu final de vida com dignidade e as Misericórdias têm muito esta noção de progressão dos cuidados responsáveis”.

A provedoria da Santa Casa da Misericórdia decidiu durante a cerimónia de aniversário agraciar o Presidente da Câmara com o título de Irmão Honorário e a Medalha de Ouro, “pelos relevantes serviços prestados à Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim”. Foram também distinguidos os serviços prestados por funcionários da instituição com 25 ou mais anos de dedicação profissional.  

Aires Pereira dirigiu-se aos presentes agradecendo a honraria “estou mais habituado a homenagear do que a ser agraciado”. Durante o seu discurso recordou o ex-Presidente da Assembleia Geral Manuel Quintas, “um homem sempre pronto a ajudar”. O Edil relembrou que a autarquia abdicou “de uma fatia significativa dos seus fundos comunitários para os colocar ao serviço das instituições, garantindo o bem-estar e qualidade de vida da população”. A exemplo da Santa Casa o do MAPADI, “o que permitiu reforçar as nossas ofertas sob o ponto de vista da inclusão social no concelho”.

A empreitada, agora inaugurada, teve uma contribuição directa do Município de 1 milhão e 320 mil euros. Quanto às necessidades prementes de concluir as obras de ampliação da Unidade de Fisiatria, no piso inferior ao novo ERPI, Aires Pereira referiu que “é indispensável e que irá permitir concluir aquela fase da obra com as vantagens que isso tem”. Esta empreitada tende a melhorar a sustentabilidade da instituição.

O Presidente da Câmara deixou ainda alguns elogios aos trabalhadores da Misericórdia, que merecem todas as condições para o desempenho das suas funções, mas lembrou: “É bom que não percamos de vista aquilo que é o objectivo desta Casa, os utentes. Portanto, independentemente de um lençol mais roto ou de uma sopa com mais sal, ou seja lá do que for, nunca podemos perder o foco daquela que é a nossa missão, e os senhores são aqueles que estão presentes e aqueles que têm essa responsabilidade de cuidar de quem já não tem condições para cuidar de si próprio”.

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