O Dia Internacional da Mulher serviu de pretexto para a União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai inaugurar a exposição “A Mulher poveira - uma obra de arte” no Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim.
“A mulher poveira tem uma maneira muito especial de ser” e “Se o pescador poveiro é o senhor do mundo no mar, a mulher poveira é senhora e guardiã do mundo em terra, tal a sua importância na consolidação da comunidade, maioritariamente matriarcal, da Póvoa de Varzim”, disse Ricardo Silva, Presidente da União de Freguesias da Póvoa de Varzim e mentor da exposição.
Para o mentor da exposição a mostra pretendeu abarcar “várias interpretações artísticas em várias modalidades daquilo que é a mulher poveira, e a mulher poveira nas suas diferentes ocupações”.
Um olhar mais atento pelos vários quadros e objectos de cerâmica entre outros, a mulher poveira nos seus trajes de pescadeira, a conserveira, vendedora de peixe, a pregar o preço na antiga lota, a mulher que em terra remendava as redes, a sargaceira, no areal, o grito pela perda, o luto, mas também a mulher burguesa, afidalgada, nobre e benfeitora, ou seja, o quotidiano da mulher poveira numa viagem pelas cores pinceladas nas telas, não só por artistas locais.
Quem também marcou presença foi Luís Diamantino, Vice-Presidente da Câmara e Vereador da Cultura, que agradeceu a “todos aqueles que contribuíram para uma exposição que nos toca a todos, num dia em que se celebra a Mulher”.
Compõe a exposição “A Mulher poveira - uma obra de arte” pinturas entre o óleo e a aguarela, ilustração, design, olaria, escultura, fotografia, ourivesaria e painéis de azulejos, obras que no seu conjunto mostram as várias realidades da mulher poveira, nos séculos XIX, XX e XXI. A mesma pode ser visitada até ao final do mês de Março, no Museu Municipal.
