Após dois anos em que a mobilidade esteve severamente afetada, a Primavera de 2022 trouxe uma decisão difícil para os aeroportos: como se preparar para o verão de 2022?
Os gestores aeroportuários foram colocados perante um dilema: assumir uma recuperação e investir milhões na contratação de funcionários para operar em pleno ou efetuar um investimento mais modesto na esperança que o tráfego não aumente drasticamente? Qualquer que fosse a decisão tomada era uma aposta de alto risco. A opção por investir era uma aposta extremamente arriscada – já se imaginou a investir uma pequena fortuna para apostar no seu jogo de casino favorito num dos novos casinos online? OS gestores aeroportuários tiveram de enfrentar uma decisão desse género.
A maior parte dos aeroportos optou por um investimento modesto e os resultados foram desastrosos.
De acordo com um estudo recente do The Air Travel Consumer Report, as companhias aéreas mais afetadas pela crise no sector da aviação foram: American Airlines, United Airlines, Delta Airlines, British Airways, Virgin Atlantic e ainda as companhias de baixo custo Ryanair, EasyJEt e Jet2.
Durante o calor do Verão, muitos viajantes interrogaram-se sobre quais os aeroportos europeus com maior probabilidade de sofrer atrasos ou cancelamentos de voos que pudessem abalar com as suas férias.
Voos atrasados são um problema comum para os viajantes mais frequentes. Abaixo enumeramos os aeroportos europeus com as maiores taxas de atraso médias. Durante o verão de 2022, a taxas de atraso aumentaram significativamente.
Aeroporto London Heathrow: Com mais de 80 milhões de passageiros por ano, Heathrow é um dos aeroportos mais movimentados da Europa. Infelizmente, é também um dos aeroportos mais atrasados, com uma taxa média de atrasos de 30%.
Aeroporto de Frankfurt: Frankfurt, o principal hub da Lufthansa é outro grande centro do tráfego aéreo, movimentando anualmente mais de 60 milhões de passageiros. Tem também uma elevada taxa de atrasos, com uma média de 25%.
Aeroporto de Paris Charles de Gaulle: este aeroporto da capital francesa é o principal centro de operações da Air France. É um dos aeroportos mais movimentados do mundo, que processa mais de 65 milhões de passageiros por ano. Sem surpresas, tem também uma elevada taxa de atrasos, com uma média de 20%.
Aeroporto Schiphol, Amesterdão: Schiphol é um dos aeroportos mais movimentados da Europa, movimentando anualmente mais de 50 milhões de passageiros. A taxa de atraso é relativamente elevada, com uma média de 15%.
Aeroporto Madrid-Barajas: o centro de operações da Iberia é o maior aeroporto de Espanha e o quarto mais movimentado da Europa, movimentando mais de 40 milhões de passageiros por ano. A taxa de atraso média é de 10%.
A situação caótica nos aeroportos foi de tal ordem que o número de cancelamentos aumentou drasticamente. Por norma, a taxa de cancelamentos nos principais aeroportos europeus é inferior a 1%. De acordo com dados do Flightstats, os cinco aeroportos europeus com as taxas de cancelamento de voos mais alta durante o Verão de 2022 foram:
Com o Verão a aproximar-se a passos largos do fim, é expectável que as operações aeroportuárias tendam a melhorar. Ainda assim, se planeia voar de ou para qualquer um dos aeroportos acima mencionados, tenha um plano de reserva no caso de o seu voo ser cancelado. E lembre-se, verifique sempre com a sua companhia aérea as informações mais actualizadas sobre cancelamentos de voos e atrasos.
Se na Europa a situação foi caótica, nos EUA a situação não foi melhor. No top 5 de aeroportos norte americanos com as taxas de cancelamento mais elevadas durante o Verão de 2022, a taxas de cancelamento superam os 20%:
Todos estes aeroportos são grandes ‘plataformas giratórias’ para as companhias aéreas baseadas nos respectivos aeroportos, pelo que não é surpreendente que tenham taxas elevadíssimas de cancelamentos e atrasos.
O desempenho dos aeroportos no verão de 2023 é neste momento uma incógnita. Porém, a situação pandémica cada vez mais favorável e as lições aprendidas este ano levam a crer que 2023 será muito melhor.
Foto: Marco López em unsplash.com
