Ana Rita Sencadas apresentou uma proposta que foi aprovada por maioria na Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso, realizada a 14 de Dezembro, que visa a contratação de um Guarda-rios para assegurar a limpeza e acabar com as descargas ilegais sobre o Rio do Esteiro.
“A limpeza do Rio do Esteiro tem sido defendida por nós desde o primeiro momento, e ao que parece concluída com sucesso numa primeira fase, cabe-nos agora pensar numa solução sustentável que garanta uma limpeza eficaz do rio e acabe com as descargas sobre o seu leito”, disse Ana Rita Sencadas, representante do Partido Socialista em Aver-o-Mar e deputada da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso.
E deu como exemplo o concelho de Guimarães que “tem sido pioneiro nas políticas de acção climática a nível nacional e internacional. Os guarda-rios de Guimarães são trabalhadores que estão encarregues da protecção dos recursos hídricos no concelho”.
Entre muitas outras funções, os guarda-rios verificam se existem ligações ilegais de saneamento aos rios e deposições ilegais de resíduos para serem comunicadas aos órgãos competentes; identificam quais as zonas que carecem de limpeza e desobstrução; avaliam regularmente através de inquéritos onde serão aferidos parâmetros qualitativos do estado dos rios, como o cheiro, a cor, se tem espuma, se tem resíduos, se o escoamento está obstruído, entre outros.
Acima de tudo, “actuam junto da população, sensibilizando-a para a protecção ambiental”, conclui.
Para Ana Rita Sencadas, “sendo os rios um dos recursos mais importantes para a nossa sobrevivência, deve a Assembleia aprovar que a Junta de Freguesia defenda junto da Câmara Municipal a contratação de um guarda-rios. Para mudar a face a Aver-o-Mar é necessário voltar a trazer o Rio do Esteiro à sua paisagem”.
O executivo da Junta de Freguesia acolheu a recomendação apresentada pelo PS para a limpeza do Rio do Esteiro, estando esta em curso.
Recordamos que, dos Guarda-Rios, os mais velhos agricultores ou rendeiros ainda guardam na memória a obrigação de limpar o leito dos ribeiros que atravessavam os seus campos de cultivo, uma exigência fiscalizadora destes profissionais que foram sendo reformados sem serem substituídos. Razões maiores se ergueram, como a necessidade de despejar nos rios um desenvolvimento industrialmente cego e sem qualquer fiscalização a merecer o nome.
