Voz da Póvoa
 
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No Regaço da Casa de Terroso Crescem Novos Lares

No Regaço da Casa de Terroso Crescem Novos Lares

Freguesias | 1 Fevereiro 2021

O lado belo será sempre nascer. Depois, a vida pode seguir o rasto feliz ou dorido dos progenitores, mas também da indiferença social. A nossa sociedade assenta em fragilidades que nunca fomos capazes de superar. O bem comum, nunca passou de mero exercício de retórica. A justiça social, no plano prático, é de difícil execução porque o modelo político e económico, estão sempre a falhar. A sociedade de hoje, a geração do Smartphone, se vir um indivíduo resvalar do seu padrão social, das maiorias, é desvalorizado, excluído e até descriminado. O lado da reconciliação, da esperança, é saber e conhecer pessoas que contrariam com a sua convicção e ética, o preconceito, a intolerância para com o outro.

“Não é um acaso, decorre essencialmente do trabalho que fui fazendo ao longo da minha vida. Profissionalizei-me na área da educação e fui desenvolvendo um trabalho pelas escolas de Gaia, Porto, Vila do Conde, de grande proximidade com os alunos e sempre me disponibilizei para os ouvir. Comecei a percepcionar, muito antes de entrar para a Cruz Vermelha, as vivências de alguns jovens, o que sofriam face a abusos, negligência, mas essencialmente por parte de crianças que sofreram de assédio por pessoas mais velhas. Aquilo que eu constatava é que eles não queriam partilhar essa situação, queriam desabafa-la. Precisavam de ajuda, mas estamos a falar de uma época em que as coisas eram pouco faladas e divulgadas, como tem acontecido de há uns anos a esta parte. Tentei ajudá-los da forma que podia, recorrendo às instituições, mas diziam-me sempre que, se partilhasse a sua vida com alguém, não contariam mais nada”, recorda Luísa Tavares Moreira, presidente da direcção da Delegação da Póvoa de Varzim da Cruz Vermelha Portuguesa.

E acrescenta: “Mais tarde, quando vim trabalhar para a direcção da Escola de Beiriz, surgiram também alguns casos muito complicados e até dramáticos. Naquela altura, articulava os problemas com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens CPCJ. Andávamos em volta das famílias, depois tentávamos proteger as crianças, mas não havia uma resposta que defendesse os menores. Não se podia retirar as crianças à família nem havia uma resposta capaz de afastar a pessoa que colocava a sua integridade física em causa. Era realmente preocupante. Tenho histórias de jovens que passaram pela minha vida, que partilharam comigo a sua dor e que tentei ajudar juntamente com as estruturas que iam apoiando essas crianças, mas foi crescendo em mim o anseio de enquadrar uma verdadeira resposta social para essas crianças e jovens”.

A entrada de Luísa Tavares Moreira na Delegação da Cruz Vermelha abriu as portas ao sonho: “Quando a anterior direcção me propôs assumir o cargo convidei logo para minha colega, a vice-presidente, Luísa Oliveira e, a primeira proposta que fiz foi abrir uma casa para acolher crianças e jovens em risco. Os meus colegas de direcção aceitaram o desafio e comecei a sonhar o projecto. Com a ajuda de muitos empresários locais e de outros concelhos conseguimos erguer, em Terroso, a Casa do Regaço – Centro de Acolhimento Temporário de crianças e jovens em risco, inaugurada em Março de 2006. Hoje, temos lá 21 crianças e jovens”.

A escolha da Freguesia de Terroso tem uma explicação simples: “Quando tomei posse, indicaram-me que havia um terreno em Terroso, que seria da Cruz Vermelha, mas cedido pelo município. Não tínhamos mais terrenos e abordei a Autarquia no sentido de construir ali a nossa casa de acolhimento. Recordo-me que, desde logo, quem esteve bem próximo no apoio a esse projecto foi o actual presidente da Câmara, Aires Pereira. A partir daí, a casa foi construída com ajudas e apoios”.

No Acolhimento se Encontra o Caminho da Integração

A Casa do Regaço recebeu crianças que se tornaram adolescentes, sempre a crescer, tal como a casa que os acolheu que recebeu em Junho de 2017, uma extensão designada Regaço +, situada na antiga Escola Básica nº1, de Terroso: “Receber esse espaço foi muito importante, até nesta altura da pandemia, porque os pais e familiares que queriam vir visitar os meninos não podiam ir à Casa do Regaço, dadas as proibições inerentes a este tempo que atravessamos. Na escola, passámos a ter as condições que permitiram essas visitas. As crianças puderam ver as suas famílias no Natal, os encontros aconteceram na escola, mas também puderam visitar e passar o Natal com os seus progenitores. Alguns deles podiam ficar algum tempo, mas telefonaram a dizer que já tinham saudade e queriam regressar. Além disso, a Casa do Regaço não é grande, não temos um quarto para cada jovem. Se antigamente, podiam ficar lá três crianças, hoje três jovens rapazes de 18 anos ou 19 anos, o mesmo para raparigas da mesma faixa etária, já é mais complicado, porque precisam da sua privacidade. Neste momento, não temos uma solução, mas pelo menos durante o dia, têm a possibilidade de ir para o edifício da antiga escola primária onde podem fazer jogos e terem outra liberdade neste momento de confinamento. Mesmo no tempo em que a escola foi feita à distância, as crianças puderam usufruir de dois espaços, um para trabalho e outro para as aulas. A antiga escola primária é um espaço de lazer para as crianças e adolescentes. É um bem maior para todos”.

Os anos passam a correr e, para Luísa Tavares Moreira o futuro exige sempre novos projectos: “Nestes quase 15 anos, algumas crianças que passaram por cá foram para a adopção, outras para os seus progenitores ou para as famílias alargadas e outras acabaram por ficar connosco, na Casa do Regaço. Ficar numa instituição uma vida inteira deixa sempre as suas marcas e aquilo que temos procurado é que elas se sintam bem. Ontem, eram crianças e hoje já são jovens, com 18 e 19 anos, estão a concluir os seus estudos. Face à legislação, se eles estiverem a estudar e a prepararem-se para entrar no mercado de trabalho, a Casa do Regaço, tem que ficar com eles e acompanhá-los até à recta final. Faz todo o sentido que acolhemos estas crianças, as ajudemos a crescer, a tornarem-se cidadãos do Mundo e a prepará-las para a vida. Porém, se o Regaço, mais tarde, os devolve à vida e eles não são capazes de agarrar-se a ela, então o nosso trabalho não foi mais do que alimentá-los e suprir-lhes as necessidades básicas. Temos que passar muito para além disso”.

A cedência de apartamentos no Bairro Social, pela Autarquia, foi a cereja que faltava no topo do bolo: “Foram para um grupo de jovens que atingiram a maior idade e se iniciaram no mercado de trabalho. Há aqui uma transição feliz. Enquanto, uns estudam no 12º ano ou estão ainda a fazer os seus cursos profissionais, outros já iniciaram no mercado de trabalho, podem desta forma testar e implementar a sua própria autonomia. Ou seja, preparam-se para a vida activa. Temos alguns jovens que por lá passaram e já estão integrados no mercado de trabalho, tendo deixado o apartamento e até constituíram a sua família. Felizmente, temos vários jovens que passaram pela Casa do Regaço com sucesso, que constituíram a sua família e o seu próprio negócio. Também tivemos um ou outro em que as coisas não correram tão bem, mas o balanço é francamente positivo”.

As Crianças do Regaço Ajudadas Foram e Ajudar Querem

“Estas crianças e jovens não vivem numa bolha. Andam na escola e convivem com a sociedade, conhecem o mundo lá fora. O Regaço está inserido na Cruz Vermelha, e uma das nossas prioridades é o serviço ao outro, aos carenciados, que nesta altura de pandemia aumentaram. Por isso, temos tido algum trabalho de apoio a um elevado número de famílias que precisam de bens de primeira necessidade, mas também de outro tipo de auxílio. Os nossos jovens, quando estão mais libertos são solicitados por nós, a apoiarem a Cruz Vermelha. Eles gostam de ajudar, constataram esta realidade, perceberam de forma discreta que nós tentamos proteger a quantidade de pessoas que vêm buscar ou que vamos levar a suas casas os bens de primeira necessidade. Apesar de tudo o que passaram, estes jovens que temos na Casa do Regaço, nada disto lhes falta, mas sabem que outros meninos e famílias passam mal”.

Luísa Tavares Moreira revela que foram os jovens da instituição que se ofereceram para ajudar: “Ainda no período de confinamento, em que recebiam as aulas online, os nossos miúdos propuseram, nas férias de Verão, ajudar estas famílias. Eles têm muito jeito para a cozinha, porque nós criamos essa vontade neles, de criar pratos e cozinhar. Colocámos a situação à vereadora da Acção Social, Andrea Silva, que nos sugeriu a ajuda a três idosas, que viviam sozinhas e apoiaram também um agregado familiar com crianças e jovens. Na verdade, nunca foi preciso dizer-lhes para fazerem, cozinhavam e confeccionavam os alimentos com todo o gosto. Era importante que percebessem as realidades que existem à volta deles, que há outros meninos como eles que podem ter aquilo que eles não têm, que é uma família, os pais, um lar, mas que lhes faltam outras coisas como a alimentação”.

Uma casa destas implica uma equipa determinada por lei: “Temos três técnicos, um director técnico, uma Psicóloga, uma Assistente Social e um Educador Social, este é o quadro técnico. Depois temos uma equipa de trabalhadores que a Segurança Social exige e avalia a respectiva conduta, em cada três meses. Há uma proximidade grande entre a estrutura da Segurança Social e a Casa do Regaço, uma proximidade até semanal. Trabalhar no Regaço é desgastante, porque é trabalhar 24 sobre 24 horas. Todos os funcionários fazem noites por escala ou fins-de-semana. Temos uma equipa boa e estável, o que é muito importante para as crianças e jovens. Eles foram crescendo nesta casa e são miúdos com valores e com atitude, fruto de um trabalho de mestrado da Directora Técnica, sobre a autonomia dos jovens ‘Os Ninhos da Autonomia’. Ela procurou ouvir e dar-lhes ferramentas na própria casa para que eles fossem crescendo, ganhando autonomia. Em tempo de aulas é mais complicado, mas nas férias dividem-se por equipas, uma toma conta da cozinha, outra da parte das compras e da contabilidade. Vamos dando-lhes essas competências, para quando eles saírem da Casa, levarem essas ferramentas. Digamos, que estão no terreno ajudados pelos monitores ou pelos técnicos que vão acompanhando e avaliando. Temos meninos a tirar o curso de contabilidade, que ajudaram a reduzir os custos energéticos. Dois deles apresentaram uma proposta para substituir todas as lâmpadas de Led. Ou seja, preocuparam-se com a gestão da casa. É aqui que estamos e devemos saber estar. Por outro lado, temos uma professora da Universidade Católica que faz a monitorização, isto é, acompanha o trabalho da Casa, reúne com os monitores e com os técnicos, permitindo aos nossos trabalhadores estarem sempre actualizados. Em todas as valências da Cruz Vermelha, temos o acompanhamento de uma instituição do ensino superior, para termos a certeza que não vamos parar no tempo, mas acompanhar a evolução”.

Na Casa há Um Regaço de Atitudes Responsáveis

A atitude dos jovens perante a pandemia, não deixou de surpreender Luísa Tavares Moreira: “Quando viveram semanas e meses sem contacto com os colegas e com os professores, eles que têm uma óptima relação com a Escola, naturalmente sentiram, como toda a gente, essa falta de contacto diário. Temos alunos na Rocha Peixoto, na Eça de Queiroz, onde temos uma aluna que faz parte do quadro de honra, na Escola de Beiriz, e outras. Nunca foi preciso dizer-lhes para usarem a máscara. Os nossos rapazes e as nossas raparigas privaram-se de ir a cafés ou conviver com amigos. Sabiam que não podiam levar o vírus para a sua casa, sempre pensaram em defender as pessoas que, em alguns casos, andaram com eles ao colo. Tivemos crianças que entraram para a Casa do Regaço com três anos. Temos uma miúda que fez 18 anos e viveu na Casa do Regaço este tempo todo. Quando foram suspensas as aulas presenciais, cada um no seu computador teve de fazer a escola à distância, também nos assustámos, porque é difícil ter as crianças e os jovens aqui fechados. Tenho que felicitar todo o trabalho da equipa da Casa do Regaço, técnicos e monitores, todos foram capazes de envolver os jovens. Tivemos também duas empresárias do Porto que nos ofereceram um computador para cada criança, isto à partida facilitou muito a vida. Os nossos colaboradores tinham um trabalho de presença e sempre que podiam encontravam actividades no exterior, na escola de Terroso ou faziam pequenas caminhadas em zonas próximas da natureza. Digamos que tinham muitas actividades de desporto que alternavam com o fechamento em casa”.

E acrescenta: “Ademais, a sua criatividade foi colocada em prática, como cozinhar pratos com os alimentos que tinham disponíveis e até a sala de jantar era mais decorada de forma mais criativa. Foi no período de confinamento, que resolveram que a casa podia levar um reviravolta. Todos juntos tentámos ampliar um pouco a sala de jantar para terem mais espaço entre eles, remodelámos um pouco os quartos deles com a ajuda de empresários. Resultante das ajudas e sugestões dos miúdos, conseguimos dar um outro rosto à casa e mais aconchego. Foi um período em que todos eles contactaram através das novas tecnologias, com os seus pais ou familiares e puderam conversar e visualizarem-se durante uns minutos. Fomos procurando escolher bons filmes e bons documentários para depois discutirem entre eles e com os monitores. Fizemos aquilo que uma família faz. Ali, não estão os pais das crianças, mas quem lá está, tenta fazer com que a Casa do Regaço, dentro do possível seja uma família”.
 
Para Luísa Tavares Moreira, não há uma intenção de fazer crescer na Casa do Regaço o número de Crianças: “Devemos caminhar para um acompanhamento mais prolongado, das necessidades das crianças, do afecto. Quando chegam da escola gostam de conversar ou desabafar com a pessoa que têm como referência. Acontece que o tempo não estica e, por isso, a conversação acaba por ser curta, porque há outros para ouvir. Se fossem em menor número, o trabalho de proximidade seria muito maior, mas neste momento é o que nós temos. Penso que no futuro, a Casa do Regaço pode vir a ter menos meninos e menos jovens, para ter um ar mais familiar e menos institucional. Estas crianças precisam de ter um espaço que as acolha, que lhes dá a protecção de um tecto, os bens essenciais, todos os afectos, mas depois eles precisam de trabalhar a identidade, a sua personalidade, o seu caracter e muitas outras coisas que às vezes as pessoas se esquecem. Temos rapazes e raparigas ali que passaram e sofreram situações que lhes deixou marcas para o resto da vida. Se há momentos em que parece que tudo está bem nas suas vidas, há ocasiões em que a memória regressa e eles têm momentos de revolta. É nessa altura, que os técnicos e monitores precisam estar lá, às vezes só para escutar. Depois, movem uma estratégia para tentar solucionar o problema. São miúdos muito apelativos, que têm muita necessidade de afecto. Por isso, a escuta activa é importante. O balanço, ano após ano é muito positivo, são crianças muito queridas, estão sempres disponíveis para ajudar, as mensagens que saíram deles próprios a desejar um bom natal, os carinhos que tiveram, são coisas que não esquecemos mais”.

O Futuro da Pessoa Construído pela Generosidade

“Como voluntária que sou dou muito pouco comparando ao que eles me deram. Quando vejo uma jovem que tivemos por cá e hoje é mãe, tem um bom emprego e continua a perguntar-me pelos outros, só posso ficar feliz. Temos histórias muito bonitas. Em cada Natal temos uma espécie de presente. Quando a Casa do Regaço abriu, acolheu dois jovens irmãos que não tinham contacto com os progenitores, apenas com um deles, mas sem qualquer efeito positivo na vida dos filhos. Actualmente, o rapaz já está no mercado de trabalho e a viver num apartamento cedido pela autarquia e a irmã vai agora para a universidade. O sonho deles é arranjarem um apartamento para trazerem o pai para as suas vidas. Neste Natal, trouxeram o pai, pela primeira vez em 14 anos, para consoar com eles. O pai, que não foi cuidador, a mãe, que não soube cuidar, e são os filhos, agora consolidados na sua vida pessoal, que vão buscar o pai, fazendo aquilo que ele não conseguiu fazer com eles. É uma felicidade para nós”.

Há muitos sonhos concretizados, mas a Casa do Regaço nunca pára de sonhar: “O que realmente gostaríamos, era que este trabalho de ajudar a crescer de forma saudável, quando eles chegam aos 17, 18, 19 anos, tivessem um espaço mais individualizado. Aqui é muito complicado, porque temos três crianças a dormir num quarto, outros dois noutro. Não temos espaço. Depois, o projecto deles é ficar na Casa do Regaço até terminarem toda a sua formação, mesmo universitária. Acho que se conseguíssemos que tivessem um quarto para cada um, era excelente. Estamos a falar de jovens que precisam da sua privacidade, da sua intimidade, não é bom ter mais pessoas no mesmo quarto, porque um quer estudar, o outro quer dormir ou ouvir musica. Há também os horários das aulas que são diferentes. Era uma forma de estabilizar as suas vidas e o seu crescimento. Na Cruz Vermelha estamos sempre a sonhar, mas temos que dar tempo a esses sonhos. Procuramos fazer as coisas com os pés bem assentes na terra. O sonho que temos é para os jovens, isso era muito bom para eles”.

Luísa Tavares Moreira destaca a importância da solidariedade e do voluntariado no apoio e crescimento da Delegação da Cruz Vermelha e da Casa do Regaço: “Temos que agradecer a muita gente e em particular aos poveiros, incluindo as gentes de Terroso, pela sua generosidade. Temos uma alimentação cuidada com aquelas crianças, mas não posso deixar de lembrar as pessoas que nos oferecem hortaliça todas as semanas, a carne ou o peixe que nos vai chegando. Todas as ajudas que nos deram permitiram que a Casa do Regaço colocasse na sociedade, e quer continuar a fazê-lo, mais homens e mulheres na vida activa. Estes Jovens, que à partida ninguém perspectivava nada para eles, hoje são homens e mulheres com futuro. É sempre bom lembrar, que estes miúdos não são indigentes, como algumas pessoas pensam. Não foram parar à Casa do Regaço por mau comportamento ou porque tiveram atitudes menos próprias. Não, quem cuidava deles, quem tinha a responsabilidade de os educar, não soube fazê-lo. Foram retirados, porque os adultos não sabiam cuidar deles. E hoje, uma das preocupações destes jovens é amanhã ajudar os seus pais naquilo que não conseguiram fazer por eles. Para vivermos esta alegria, todas as ajudas da comunidade foram importantes no crescimento destes jovens como pessoas. Só posso deixar expresso o meu sincero agradecimento”.

Por: José Peixoto

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