Voz da Póvoa
 
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Ministra da Agricultura e Secretária de Estado das Pescas Visitam A Poveira

Ministra da Agricultura e Secretária de Estado das Pescas Visitam A Poveira

Freguesias | 10 Março 2023

 

Ao início da tarde de sexta-feira, A Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, e a Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, acompanhadas pelo Presidente da Câmara, Aires Pereira, percorreram as várias secções da conserveira ‘A Poveira’ desde 1938 na Póvoa de Varzim, numa visita guiada pelo administrador da unidade fabril, António Cunha.

No final em declarações aos jornalistas, Maria do Céu Antunes revelou-se satisfeita com a visita: “Estamos a falar de uma empresa inovadora, exportadora, tem quase 500 trabalhadores, que em 2019 faturava 20 milhões de euros e neste momento está com 90 milhões de euros de faturação. Isto significa que a valorização deste território tendo por base um recurso que é tão nosso, o pescado, nomeadamente a sardinha. Vou daqui com uma impressão muitíssimo positiva e com o empenho renovado para continuarmos a apostar neste sector”. Acrescentando que “é na valorização do pescado que temos que incentivar aquilo que é uma tradição tão nossa, transformar o peixe fresco em conservas que alimentam os portugueses e o mundo”.

A ministra disse ainda que, “o Governo está a acompanhar com grande interesse o acordo que esperamos que seja rapidamente estabelecido, entre os pescadores do cerco e as indústrias conserveiras, que vai criar a obrigação de pelo menos um terço das capturas ser para esta indústria transformadora”.

Maria do Céu Antunes revelou uma boa notícia às conserveiras e aos pescadores, porque “a quota que estamos a pedir que seja fixada para Portugal e Espanha, é superior a 50 mil toneladas, o que significa que para Portugal a quantidade de sardinha a poder ser capturada são valores superiores a 30 mil toneladas, e isto tem claramente um valor acrescentado para o produto sardinha e para a transformação”.

A certificação da sardinha, foi outro assunto abordado pela Ministra da Agricultura e da Alimentação, “o calendário está a ser desenvolvido com grande rigor e nós esperamos que até Agosto a sardinha esteja certificada, que é uma mais-valia, nomeadamente, para as indústrias conserveiras, para poderem abraçar novos mercados que exigem esse nível de certificação”. Para além da sustentabilidade, “o que queremos para a pesca portuguesa é que haja valor acrescentado em toda a fileira, desde a pesca até à transformação e depois que isso tenha consequência na vida dos nossos cidadão”.

Em resposta à questão sobre o processo da certificação das hortícolas Tomate Coração de Boi, Cebola e Penca poveira, Maria do Céu Antunes não adiantou datas, mas adiantou que “a certificação dos nossos produtos é absolutamente determinante. Nós temos que ter consciência que, hoje, o consumidor está cada vez mais bem informado e sabe tudo aquilo que diz respeito à segurança alimentar, à segurança do consumidor, às boas práticas, que vão desde a produção até à distribuição, claramente são factores distintivos para os nossos produtos, seja de agricultura, da pesca ou da transformação de ambos sectores, para poder acrescentar valor”.

Neste contexto também Aires Pereira sublinhou que a certificação dos produtos hortícolas poveiros é “um processo que está em marcha, tivemos um percalço com as alterações que houve na direcção regional e depois até na própria Secretaria de Estado da Agricultura, mas vamos tendo a notícia que o processo está concluído ao ponto de ser enviado para Bruxelas e, portanto, para ter a sua homologação. São sempre prazos bastante demorados. Esperemos que ao longo deste ano tenhamos esse processo concluído, que é uma aposta do município na certificação de três produtos que mais valorizaram sobre o ponto de vista de preço neste aumento dos alimentos em Portugal”.

Em relação à visita efectuada, o Presidente da Câmara, destacou o crescimento da empresa “Temos aqui uma das maiores empresas do concelho, uma das referências do país quanto à sua produção, da criação de emprego e sobre o ponto e vista da riqueza. Isto quer dizer, aquilo que às vezes é preciso ser feito para conseguirmos criar condições para que a burocracia não coloque dificuldades ao investimento. Foi isso que nós fizemos aqui, e hoje sentimo-nos naturalmente satisfeitos com isso. A empresa irá construir uma nova fábrica aqui ao lado e irá atingir mais de 100 milhões de faturação no próximo ano”. E concluiu: “Juntando aqui a estratégia da localização do Centro Logístico da Mercadona e a procura que estamos a ter para a instalação de novas indústrias, diz bem da aposta assertiva que temos feito no apoio aos empresários e naquilo que é a nossa política fiscal que também pesa na hora da decisão”.

Por: José Peixoto 

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