A manhã de domingo serviu para visitar obras de substituição e recuperação em dois espaços distintos. Primeiro junto ao Estádio Municipal onde se reabriu os Campos como novos Sintéticos, “tinham mais de 20 anos e precisavam de ser substituídos. Normalmente, duram 10 anos, mas fruto de uma regular manutenção dobraram o tempo”, disse o Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, e acrescentou que, “para além de novos sintéticos, mudámos o sistema de rega e colocámos iluminação Led, que tem um menor consumo de energia. O investimento foi de meio milhão de euros. A manutenção, nos dias de hoje, custa bastante dinheiro, por isso fazemos sempre um apelo para que as pessoas que usam estas infraestruturas as saibam respeitar e preservar porque se trata de investimento público. Ou seja, de todos nós. As nossas crianças, o Inter-freguesias, todos que utilizam o espaço agradecem”.
Depois, seguiu-se a inauguração do edifício da antiga estação das Fontainhas e zona envolvente. Mais uma obra concretizada na freguesia de Balasar, sublinhou o Presidente da Junta, José Araújo, que primeiro cumprimentou todos os autarcas presentes e em especial “todas as pessoas que tiveram responsabilidade, não vou enumerar nomes, mas cumprimento todos os intervenientes na estação das Fontainhas. Para nós é mais uma missão cumprida. Numa zona nobre da nossa freguesia é sempre bom ver criadas novas infraestruturas”. E acrescenta que, “nós balasarenses, poveiros, congratulamo-nos com esta obra, a primeira de muitas que estamos a realizar na freguesia e esperamos concretiza-las todas no nosso mandato”.
Para Aires Pereira, a obra que recupera e preserva um raro património que “existe ao longo do Caminho-de-ferro, a sua arquitectura e a forma como foi executada é notável. Por isso as intervenções têm também que ser cuidadas, naturalmente, criando condições mais confortáveis e adaptáveis a uma exploração que acrescente valor, mas devemos preservar a memória. Este é um bom exemplo, quer o edifício ou a zona envolvente que está toda recuperada e é um belíssimo ponto de encontro”.
Concluída a infraestrutura que dará lugar a um estabelecimento de restauração, “tem agora a palavra a sociedade civil para que possa tomar conta e prestar aqui serviço de qualidade à população e a todos que nos visitam. Este é um ponto de passagem. Na ciclovia há pessoas constantemente a circular como é fácil de ver”. A ecovia que liga a Póvoa de Varzim a Famalicão ocupa, hoje, o mesmo lugar da antiga linha do comboio que, como fez questão de lembrar no seu discurso, Aires Pereira, poderá no futuro voltar a circular, “fruto de políticas e decisões erradas tomadas no passado que levaram ao seu encerramento”. Em conjunto com a recuperação da estação das Fontainhas a Câmara interveio também na antiga estação de Rates onde estão os escuteiros. Ou seja, há motivos de visitação ao longo da ecovia.
Aires Pereira revela que depois de aberto um primeiro Concurso Público para a Cessão do Direito de Ocupação do imóvel, que não obteve resposta, “vamos abrir um novo concurso, uma vez que no anterior não incluíram a sala que estava para ser apenas de apoio. Acho que faz todo o sentido que a sala faça parte da concessão. Estou convencido que, com este aumento da área, haverá pessoas interessadas em explorar o espaço. Até porque a renda não é significativa, 500 euros por mês. O equipamento também está dotado de utensílios de funcionamento de uma cozinha, naturalmente, pode ser uma boa aposta para uma família ou alguém ligado ao sector da restauração”.
Por: José Peixoto
