Centenas de pessoas de onze freguesias dos concelhos da Póvoa de Varzim, Barcelos e Esposende, responderam ao apelo e concentraram-se na manhã do dia 11 de Fevereiro, em frente às instalações do aterro da Resulima, em Paradela, para protestar e exigir uma solução para os maus cheiros produzidos pela unidade de reciclagem.
“Não se pode viver aqui” ou “não posso abrir as janelas de minha casa” são alguns dos protestos que se ouviram no local, onde marcaram presença os presidentes da Junta de Laúndos e de Rates, Félix Marques e Paulo João respectivamente. O primeiro em declarações aos jornalistas referiu: “queremos a nossa terra livre desta poluição. Não estamos contra a unidade. O que pretendemos é que ela funcione sem prejudicar o ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos”.
As populações vizinhas e outras que habitam a vários quilómetros de distância, apresentaram vários cartazes com frases de protesto, e caso se mantenha os cheiros exigem o encerramento das portas do aterro “caso o cheiro não termine”.
Os manifestantes foram recebidos pelo responsável pela comunicação da Resulima, que resumiu algumas medidas que estão a ser implementadas para diminuir os maus cheiros e reconheceu que “há condições técnicas que terão que ser resolvidas e que não se conseguem fazer de um dia para outro”, mas não convenceu nem deixou ninguém descansado.
Em comunicado a Resulima esclareceu que pretende manter uma boa vizinhança e entre as medidas já avançadas pela empresa responsável pelo aterro, estão “o Estudo de Avaliação da Incomodidade de Odores; Fecho de duas das quatro laterais do pavilhão da maturação; Aquisição e instalação de queimador; Licenciamentos, visitas e vistorias pelas entidades competentes e Constituição da Comissão de Acompanhamento”.
Fotos: Junta de Laúndos
