Voz da Póvoa
 
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Argivai a Caminho do Milénio Distingue Dirigente Associativo

Argivai a Caminho do Milénio Distingue Dirigente Associativo

Freguesias | 14 Abril 2025

 

A importância de uma data, 26 de Março, o dia de Argivai, assinalado com a interpretação, pela primeira vez, do Hino da Freguesia, da autoria de Francisco Regufe. A noite trouxe a voz da fadista poveira Sílvia Raquel, que se fez acompanhar à guitarra por Ruben Araújo.

Ricardo Silva, presidente da União de Freguesias, Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, no seu discurso enalteceu os 1072 anos da primeira menção escrita a Argivai. “Trata-se de um documento medieval, que estabelecia um negócio de transmissão de terras, referindo as confrontações de Villa Argivadi, Villa Quintanela e Villa Comité”. Daqui resultou “um sentido de pertença arreigado, milenar, anterior à fundação do próprio país, que é característico desta gente, desta freguesia. Diz o nosso poeta Aurelino Costa – de Argivai sou, para Argivai vou, eu sou de lá! – e nesta frase está tudo dito. Mil anos, não são dois dias, e o sentido de pertença, de gosto pela sua terra, permanece nesta gente de Argivai”.

As comemorações dos 1072 anos da Freguesia de Argivai regressaram quatro dias depois, para reconhecer e homenagear António Torres com a atribuição da Medalha de Mérito pelo seu extraordinário apego e dedicação, “há mais de 50 anos que se dedica ao associativismo e às pessoas na freguesia”, reconheceu Ricardo Silva. O nome foi proposto na reunião do executivo da Junta.

Presentes na homenagem estiveram a Vereadora da Coesão Social da Câmara Municipal, Andrea Silva e o Vereador do PS, João Trocado, ambos candidatos a gerir os destinos da Póvoa de Varzim nas próximas eleições autárquicas.

Na apresentação do homenageado estiveram as filhas Joana e Marta Silva: “Nascido em 1957, natural e residente de Argivai, vem de uma família grande, humilde e trabalhadora. Desde cedo, aprendeu que a vida exige esforço e resiliência. Começou a trabalhar aos 13 anos e, com o passar do tempo, tornou-se serralheiro e soldador, inclusive esteve emigrado, profissão que desempenhou com a mesma seriedade e compromisso com que abraçou todas as causas da sua vida”. Recordando que António Torres “na juventude, viveu o período pós-25 de Abril com entusiasmo e espírito de iniciativa. Quando Argivai ainda não contava com uma associação estruturada, ele e um grupo de jovens decidiram, numa noite de Carnaval, criar algo que pudesse dinamizar e impulsionar a freguesia. Assim nasceu o C.D.C.A - Centro Desportivo e Cultural de Argivai, que abriu portas ao desporto e à cultura, com futebol, atletismo, teatro, jogos tradicionais, clubes de leitura, rancho infantil e cortejos, onde foi atleta, árbitro, dirigente e treinador. Dessa associação viriam a surgir outras, culminando, em 1988, na fusão de 4 associações que deram origem à U.D.C.A. - União Desportiva e Cultural de Argivai, instituição que António Torres preside desde 2004 até aos dias de hoje”.

O programa comemorativo contou ainda com a realização de um jogo de veteranos entre o Argivai e o Varzim, com a vitória a sorrir aos velhos lobos-do-mar por 3-1. Quem sabe nunca esquece.

Por: José Peixoto

Fotos: Direitos Reservados

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