A requalificação do auditório da Escola Básica Flávio Gonçalves, foi inaugurado no dia 19 de Abril pelo Presidente da Câmara Municipal. O espaço pedagógico e cultural foi renovado com um novo mobiliário, equipamento de som, meios informáticos e multimédia, tendo sido removido e substituído todo o pavimento, paredes, tecto, portas, persianas e iluminação, um investimento de 30 mil euros.
O renovado auditório foi fruto de um projecto proposto pelos alunos Ana Sarmento, Ana Rebelo, Ana Silva e Pedro Sousa, que acabaram por vencer o Orçamento Participativo Jovem de 2020. “Foi um longo período de espera, mas o sonho acabou por se tornar realidade”, reconheceu Luísa Gomes, directora do Agrupamento de Escolas Flávio Gonçalves.
A inovação é parceira da inteligência, razão que levou os professores a desafiar os seus alunos “a idealizarem uma proposta inovadora, submetida a concurso. A dinâmica impulsionou um elevado número de jovens a votarem na proposta apresentada, isso fez com que vencêssemos o desejado prémio”, recordou a Directora.
As obras tal como Aires Pereira fez questão de referir são “um bocadinho como o conhecimento, nunca estão concluídas, mas é bom que haja sempre obras para realizar, é sinal de que estamos sempre a melhorar as condições de quem cá trabalha ou por cá aprende”.
Os estudantes vencedores receberam do presidente os parabéns, assim como a mentora do projecto, a professora Elisabete Martinho, acrescentando que, “este projecto insere-se na intervenção que fizemos na escola, essas sim, obras muito demoradas pelas razões que todos conhecem. Foi preciso muita resiliência, muito espírito de colaboração, por parte da escola, professores, funcionários e alunos, mas a escola está agora mais bem preparada para poder servir a função para a qual concebemos este tipo de equipamentos”.
Inaugurado o Auditório, seguiu-se a assinatura pelo Presidente da Câmara e pela Directora do Agrupamento de Escolas Flávio Gonçalves, do protocolo “A Camisola vai à Escola”, que arranca no 3º período deste ano lectivo e que visa ensinar aos alunos a arte de tricotar e bordar a Camisola Poveira, em versão miniatura.
“Procuramos incutir nos nossos alunos o gosto pela vertente artística e cultural vivenciada na Póvoa de Varzim, estabelecendo uma ligação com o passado e com a identidade poveira”, esclareceu Luísa Gomes.
E acrescentou que “a iniciativa visa envolver a comunidade em geral, nomeadamente pais e encarregados de educação”, apelando à comunidade escolar para partirem à descoberta da cultura poveira, inscrevendo-se num “projecto inovador e desafiante”.
Para Aires Pereira é importante que a história da Camisola Poveira possa prolongar-se nas novas gerações relembrando que “não nos podemos esquecer que houve muitos poveiros que morreram com aquela camisola vestida”.