Voz da Póvoa
 
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Uma Grande MONTRA de Arte Colectiva em Vila do Conde

Uma Grande MONTRA de Arte Colectiva em Vila do Conde

Cultura | 25 Outubro 2023

 

Mar, ar e vento em exposição; uma incursão nas imagens e sons das Caxinas; colagens plásticas, espelhos mágicos ou humor em ilustração; pormenores da vida humana em fotografia; corpo e vestuário e suas fronteiras discursivas; o movimento de um corpo em diálogo com um manequim; experimentação e improviso em níveis sonoros e audiovisuais; música em cassete, em vinil e na mesa de mistura. Tudo isto numa grande montra colectiva em Vila do Conde, de 3 a 19 de novembro, num itinerário traçado pelas lojas do comércio tradicional da cidade, de acesso livre e gratuito.

A montra – mostra de arte contemporânea em montras do comércio tradicional de Vila do Conde é isso mesmo: um projecto que se propõe fazer chegar a arte a todas as pessoas, muitas delas sem hábitos de consumo cultural. A ‘montra’ apresenta anualmente um conjunto de intervenções expositivas e performativas que exploram diferentes possibilidades de ocupação do espaço público e envolvimento da comunidade, numa dinâmica de circulação pedonal pela cidade e de colaboração entre artistas e comerciantes. Os projectos artísticos propostos são transdisciplinares e podem ir das artes performativas, artes plásticas, circo, dança, design, escultura, figurinos e cenografia, fotografia, literatura, música, poesia, teatro até ao vídeo.

Novidades 2023

Umas das grandes novidades desta edição é a residência artística NORTEAR: tendo Vila do Conde como área geográfica de intervenção, promove o estudo e representação da sua paisagem e cultura sonoras, com foco no território das Caxinas. Este estudo implica observar, escutar e interrogar os eventos sonoros das ruas, da praia, das maneiras de falar ou de cantar, identificando os sons presentes e reflectindo sobre a forma como se relacionam com a memória e vivências dos lugares. Em paralelo, a componente visual resulta de uma pesquisa, um confronto com o arquivo, os álbuns de família, documentos, outros objectos de memória e imagens reais desta zona piscatória. O processo de exploração termina com uma apresentação pública no Mercado das Caxinas, a 5 de novembro, pelas 18h30, no formato de performance sonora e visual efémera.
Uma outra novidade desta 4.ª edição é a parceria com o FIS – Festival Internacional de Solos: a ‘montra’ vai receber num espaço comercial de Vila do Conde, a 11 de novembro, pelas 18h30, a performance MACAQUINHO DO CHINÊS, de Ana Isabel Castro, um solo de dança em torno das questões levantadas pela imobilidade do corpo, apresentando depois numa loja e num espaço do Cine-Teatro Garrett, onde decorre o festival, entre 11 e 26 de novembro, o trabalho (M)AR do artista vila-condense Filipe Laranjeira.

A exposição colectiva BLARING HAX OF CARE constitui também uma das novidades deste ano, resultando de uma convocatória dirigida aos alunos do ensino artístico, com coordenação da jovem vila-condense estudante de artes plásticas, Catarina Machado.

Destaques do programa

Ao nível das exposições, Helena Rocio Janeiro, artista plástica e autora do projecto Coração o Ditador, apresenta CORTA E COLA EXISTENCIAL, onde explora nos diferentes suportes das suas colagens a ideia da *transformação contínua. A colectiva de fotografia RECOMEÇAR, um projecto da The Cave Photography com os Encontros da Imagem de Braga, reúne alguns dos nomes mais promissores da arte fotográfica em Portugal. AQUI DO OUTRO LADO é uma instalação do artista plástico vila-condense Francisco Laranjeira, uma provocação a quem passa... Nota ainda para a exposição MIRAGEM, do ilustrador poveiro Luís Silva, que nos traz uma reflexão bem-humorada sobre as tecnologias da informação e as redes sociais. Todas estas exposições estarão patentes de 4 a 19 de novembro.

No campo das performances, a ‘montra’ arranca no dia 3 de novembro, pelas 19h30, com a performance OCUPAÇÃO CIA EXCESSOS, de Hilda de Paulo e Tales Frey, tendo o corpo e o vestuário como centralidade discursiva. No fim-de-semana seguinte, no sábado 11 de novembro, pelas 19h30, Marco Castiço apresenta POSTO DE ESCUTA, no qual partilha as raridades das suas colecções em vinil e cassete. O terceiro e último fim-de-semana é marcado pela apresentação no sábado, 18 de novembro, pelas 18h30, da performance FHOSFHORUS, de Francisca Dores e Henrik Ferrara, na experimentação e no improviso sonoro e audiovisual, terminando em festa às 23 horas com os BITCH BOYS, numa noite de música com a dupla vila-condense dos irmãos Praça.

Espaços & apoios

A ‘montra’ decorre este ano de 3 e 19 de novembro, abrangendo três fins-de-semana de programação. O levantamento e selecção dos espaços têm como principal critério a criação de um itinerário pela cidade e a adaptabilidade às características das intervenções dos artistas, respondendo também ao interesse e a disponibilidade dos comerciantes. O projecto montra é organização pela *Noites Claras Associação Cultural, uma jovem associação cultural vila-condense fundada em 2022, que reflecte um colectivo transdisciplinar de criação, organização e divulgação de projectos culturais, sociais, artísticos e pedagógicos, procurando criando dinâmicas de cooperação entre os artistas e as comunidades. A montra conta com o apoio financeiro da Câmara Municipal de Vila do Conde, com o apoio logístico da Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde e com a parceria estabelecida com o FIS – Festival Internacional de Solos.

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