Voz da Póvoa
 
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Uma Corrente de Exposições num Quarto de Século d’Escritas

Uma Corrente de Exposições num Quarto de Século d’Escritas

Cultura | 8 Março 2024

 

A arte tem na sua génese a capacidade de nos inquietar. O belo, o real, nem sempre chega, é preciso ir um pouco além. O horizonte é circular, cabe ao observador escolher uma direcção e descobrir o invisível, o imaginário. O artista é aquele que nunca ignora a presença do outro, mas transforma-o na sua personagem, dando-lhe vida ou as vidas quotidianas que o encarnam ou desencarnam de realidades transversais.

O Correntes d’Escritas cedo percebeu que há outras linguagens artísticas que partem da literatura ou encontram-na nas suas mais diversas representações. A 25.ª edição do festival de expressão ibérica programou oito exposições que vão manter-se por um tempo mais alongado, permitindo a novos visitantes ver e a outros, rever.

A sala Espaço Concerto do Cine-Teatro Garrett acolheu “Memórias da Ruralidade” uma exposição de fotografia de Rui Ochoa, integrada no projecto de arte comunitária de Elisa Ochoa; no Arquivo Municipal pode visitar “A Póvoa d’Agustina”; Apresentação da Maquete “Espaço Luis Sepúlveda”; na Biblioteca Municipal ainda espera por si até 23 de Março “Não o Prazer, Não a Glória, Não o Poder: A Liberdade, Unicamente a Liberdade”, exposição de todas as edições dos livros finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa; na Fortaleza encontra-se uma instalação “Búzio” de Hélder Luís; “Exposição Bibliográfica e Iconográfica comemorativa dos 25 anos das Correntes d’Escritas”, no Núcleo Museológico de S. Pedro de Rates; “O Retrato das Palavras”, de Jorge Curval, exposição a visitar na galeria Ortopóvoa; e resultante de uma parceria com a Fundação de Serralves “Tu & Eu”, uma exposição da artista Susana Mendes Silva, inaugurada a 20 de Dezembro de 2023, na Sala de Actos do Cine-Teatro Garrett, que pode visitar até 24 de Março.

A possibilidade de registar uma imagem além da pintura, do retrato, até à fotografia, abriu as portas ao cinema documental primeiro, depois veio a reprodução do imaginário dos realizadores. O primeiro dia do Correntes, 17 de Fevereiro, ofereceu a apresentação do documentário de Henrique Pina, no âmbito da Residência Artística de Elisa Ochoa, Memórias da Ruralidade. Uma obrigação repetir, exibir. Na quinta-feira de Cineclube Octopus manteve-se com uma parceria Correntes, com a exibição do filme de Edgar Pêra “Não Sou Nada”, ou as pessoas do Pessoa.

A diversidade do Correntes d’Escritas, entre outras novidades, trouxe ainda a apresentação da Editora Mnemória – poesia dita pelos poetas e gravada em Vinil. O seu mentor, Paulo Pinto, também capaz de realizar e produzir documentários. 

Fotos: Rui Sousa, Hélder Jesus e Vítor Azevedo

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