A Quimera do Ouro é um clássico do cinema mudo, escrito e realizado em 1925 por Charlie Chaplin. A “Quimera” de Luís Silva é uma exposição de desenhos, aguarelas e acrílico que foi inaugurada no sábado, 5 de Abril, na galeria da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto.
Escrever sobre o que vi, seria aprofundar todos os olhares possíveis, algumas gargalhadas, muitas reflexões e outras tantas questões que a arte nos provoca ou simplesmente nos traduz os desassossegos do seu criador, quantas vezes os nossos. Mas, o que eu gostava mesmo era que abrisse um espaço no ocupado tempo que diz ter e passasse pela Biblioteca até 30 de Abril.
Somos muitas vezes levados pela Quimera e não sabemos, parece que nos afunilamos num dígito sem protesto ou questionamento. A beleza pode estar no mais simples das coisas mundanas, num título de uma obra ou no olhar perdido entre cores e solfejo da caneta ou dos pincéis. Aquele menino que gatinhava pelo chão não fazia ideia da felicidade do presente, não só pelo abraço de tantos amigos, como da inquietação nervosa de Luís Silva, que prometeu regressar maior ainda aos olhos do espanto.
Luis Diamantino, Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal, não escondeu a admiração pelo que viu, relatou a grandeza do exposto e acrescentou aos desenhos um escritor. Luís Silva é tudo isto, mas acima de tudo um amigo que se expõe ao indizível, ao como deveria ser o Ser, na interminável busca do perfeito.
Por José Peixoto
