PÓVOA DE VARZIM
Tinhas a cabeça caída de tanta tristeza
De nada lhes valeu toda a destreza
O Mar amigo depressa os derrubou
Não lhes valeu a força e a experiência
Nem as preces feitas em clemência
O barco, sempre companheiro, virou
O choro calado, preso na garganta
Tem a memória viva que não canta
Esta, já encantou com tantas estórias
Contadas e acrescentadas com saber
Alegrias e perigos deram a conhecer
Mas no fim, só sobravam as vitórias
Neste triste momento como se impunha
Tens contigo os que foram testemunha
De tão perto e sem nada poderem fazer
Contra a força do Céu e o do Mar unidos
Cegos, surdos e de corações empedernidos
Teimavam, sem razão à vista, tudo abater
Chora-se hoje, mas o amanhã há-de vir
A ferida sempre aberta vai voltar a abrir
O Pescador sabe, o Mar amigo o chama
Não recomposto, temente, pega nas artes
Acreditando que os mares serão baluartes
Para o pão, para o amor e, assim se inflama
Jorge Favas
Junho 2020
Sou um dos Professores que estiveram na organização da Prova Internacional de Desporto Escolar, Inclusive Games em Julho de 2019, na Póvoa de Varzim.
Está quase a fazer um ano esta realização. Não foi muito participada em termos de países, mas foi uma proposta do Desporto Escolar de Portugal e que se realizou pela primeira vez, dirigida àqueles que terão mais dificuldades.
Guardo boas recordações da Prova, do apoio que a Autarquia nos deu e da muita colaboração (e portas abertas) por parte da Vereação do Desporto.
Gostei muito da cidade, sobretudo da limpeza e da enorme e alegre organização das Rusgas.
Ficou-me na memória e de certa forma marcado o painel de azulejos em memória do grande naufrágio.
Costumo escrever algumas rimas e não consegui resistir a escrever inspirado neste painel (e no acontecimento, que sem a dimensão deste, muitas vezes se repete para desgraça de muitos e de todos).
Deixo-vos a minha homenagem.
Cumprimentos a todos e até breve, numa visita que farei com a minha família.
