Li e gostei: “Captura de momentos eternos através das lentes da imaginação.” De Rui Sousa, acrescentaria.
À sexta também se casa, não à vez, mas pela cortês intenção de mostrar em tela e outros suportes as fotografias numa exposição que abriu no dia 18 de Agosto, na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, e pode ser visitada até 23 de Setembro.
Quem fez questão de estar presente na abertura de ‘Photographia’ foi o Vice-presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal, Luís Diamantino, e a Directora da Biblioteca Municipal, Lurdes Adriano.
Tal como se pode ler no prospecto: “Esta é a segunda exposição sob o tema da ‘Photographia’ num sentido lato em que a imagem e o grafismo podem chegar a todos e tocar o subconsciente”.
Tem passado por aquele espaço de cultura muitas exposições que se agarram ao belo, esta vai muito mais longe porque chega mesmo a distorcer o belo numa inquietante viagem pelo surreal, mas ao mesmo tempo interroga-nos e provoca em nós um certo desassossego, tão necessário nestes tempos de artificial marasmo social e cultural. Às vezes, precisamos ‘desnascer’ para voltar a sentir a arte como único caminho verdadeiramente limpo de desumanidades.
Rui Sousa nasceu na Póvoa de Varzim em 1970, fez formação em Artes Visuais na Escola Artística de Soares dos Reis, no Porto, e o Bacharelato em fotografia na Escola Superior Artística do Porto. Os seus olhares fixaram-se em algumas paredes de salas de exposição, mas também em alguns livros de autor e de outros. Algumas ou muitas imagens, consoante o copo de optimismo cheio ou de pessimismo vazio, ilustram páginas de revistas.
Fotos: Ademar Costa e José Peixoto
