Eu vou estar sempre contigo. Andei perdido no bosque em busca de alucinações, de Dioniso, mas agora reencontrei-me. Eu vou estar sempre contigo mesmo que rasgues as cartas, mesmo que queimes os retratos, mesmo que te apagues. Eu vou estar sempre contigo porque sei que este é o caminho. Eu vou estar sempre contigo, minha irmã, mesmo que fraquejes porque sei que me amas como eu te amo.
Irmã, esta é a era do espírito. Nada temos a temer. Este é o nosso caminho, a nossa religião, a nossa revolução. Já passámos todas as provações, todos os Hades. Já morremos e renascemos várias vezes. Podemos atravessar para o outro lado, mais puro, mais livre. Irmã, eu vou estar sempre contigo. Como Quixote e Dulcineia. Como Jim e Pamela. Como Romeu e Julieta. Como Ulisses e Penélope. Vem. Este é o caminho. Não há fronteiras. Eu vou estar sempre contigo. O universo não nos compreende.
António Pedro Ribeiro
eternamente apaixonado, poeta...