A Peça nasceu de um texto dramático escrito dentro da Casa Museu Manuel Lopes, em 2020, por quatro participantes da residência literária D’Escritas 1 Dia. Os autores - Álvaro Laborinho Lúcio, Luís Ricardo Duarte, Raquel Patriarca e Rui Spranger - acabaram em actores da sua criação, numa representação multifacetada de forma a transparecer a personalidade do próprio Manuel Lopes, habitante ausente da casa, mas presente como personagem.
Uma peça de teatro, mesmo em repetição, nunca é igual, representar é acrescentar e por isso “A Casa” regressou com exibições nos dias 14, 15, 16, 17 e 21 de Fevereiro. A entrada foi sempre gratuita, mas sujeita a levantamento de convite numa lotação limitada a 20 espectadores.
O espetáculo entranha-se na memória de Manuel Lopes, que foi director do Museu e da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. A casa dos livros do ‘Lopinhos’ carinhosamente apelidado pelos velhos pescadores e tripulantes da Lancha Poveira ‘Fé em Deus’, que ajudou a recuperar do passado para as águas do futuro, serviu de inspiração e de cenário a uma interpretação literária e teatral que transportou o público para um universo de narrativas vivas. Quem do sonho nos repõe os lugares da memória, é bem capaz de nos trazer de volta as pessoas que nos habituamos a admirar.
No dia 16 de Fevereiro, a Casa Manuel Lopes acolheu também o lançamento de ‘A Casa, VV.AA.’, uma edição da Câmara Municipal / Bairro dos Livros, que contou com a presença do Vice-Presidente e Vereador da Cultura, Luís Diamantino.
Fotos: Rui Sousa