Voz da Póvoa
 
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O Tabagista Encheu o Diana Bar

O Tabagista Encheu o Diana Bar

Cultura | 22 Novembro 2021

A Biblioteca Diana Bar recebeu na sexta-feira, o lançamento do livro “Tabagista Só: Lírica Inconjugada” de João Pena que numa outra realidade se chama Henrique Cascão e veste de magistrado do ministério público, há mais de 30 anos. Na cidade da Beira, em Moçambique, corria o ano de 1960. Desde Coimbra, onde se licenciou em direito, que foi escrevendo poemas “alguns amigos pediam-me uns versos para enviarem na carta à sua namorada e eu acedia. Depois a vida encarregou-se de me afastar disso e pouco escrevi até uma espécie de acordar no ano passado, em Março quando o alarme da pandemia disparou. Nessa altura fiquei desanimado, «Hoje estou triste e uma tristeza desceu sobre toda a terra» mas, embora os poemas sejam um pouco melancólicos eu não sou nem me sinto”.
 
Um ano depois, tinha 76 poemas escritos, “não seleccionei, nem em termos de qualidade ou de forma, quis que fosse uma coisa em bruto. Agora, o leitor e o amigo podem sempre descobrir algo de novo em mim”.

Na apresentação da obra, António da Cunha Correia elegeu as palavras escritas nos poemas: “Têm para mim todos os mágicos sortilégios de um tambor, relegam-nos a um microcosmos onde vivem as imagens por elas projectadas, onde se experimentam sentimentos de amor, paixão e contemplação. O que está presente nos poetas é que o mundo é um ser indivisível, em que tudo se interrelaciona, que o todo vive em cada parcela e cada parcela contém um significado futuro”.

As leituras ganharam a voz de Aurelino Costa, acompanhado à viola por Carlos Costa. O livro “Tabagista Só: Lírica Inconjugada” tem a chancela da Bluebook e capa do fotógrafo Hélder Luís. Durante a sessão podia também ser adquirida a Agenda do MAPAPI.

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