“No dia de S. Martinho: pão, castanhas e vinho!”, assim manda a tradição, e o Casino da Póvoa cumpriu-a, antecipando a celebração para a noite de 8 de Novembro. O Salão D’Ouro ficou repleto de pessoas que quiseram assistir ao Espectáculo de S. Martinho, no jantar concerto, com Raquel Tavares num tributo ao fado.
Após uma pausa na carreira musical, Raquel Tavares está de volta aos palcos, sendo o do Casino da Póvoa já seu conhecido, como realçou ao recordar o concerto do 50.º aniversário da instituição, do qual “guardo memórias bonitas dessa noite.”
No palco foi criada a ambiência de uma verdadeira Casa de Fados, com a Fadista a envergar xaile, em alguns momentos a usar chapéu marialva quando interpretou o fado com o mesmo nome, sempre acompanhada por Pedro Viana na guitarra portuguesa, Bernardo Viana na viola de fado e Daniel Pinto no baixo, “numa simples noite de fado à portuguesa.”
A um fado seguiu-se outro e outros como, Nem às Paredes Confesso, O Ardinita (Quem tem uma mãe tem tudo), numa versão muito emocionada, ou ainda o sucesso Meu Amor de Longe, que compuseram o concerto num espectáculo de excelência. Tempo houve para Raquel Tavares homenagear a sua madrinha de fado, Dª Beatriz da Conceição, de quem herdou o xaile que a acompanha nos concertos e a quem dedicou o fado Meu Corpo.
Na despedida, Raquel Tavares disse “Foi um prazer voltar! E, espero voltar!”, e cantou o fado O Rapaz da Camisola Verde, arrebatando o público num enorme aplauso. Ah, Fadista!
Por: Elis Silva
Fotos: Rui Sousa
